Marconi Perillo, ex-governador de Goiás, é investigado por desvio da Saúde
Marconi Perillo, ex-governador de Goiás e atual presidente do PSDB, está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) em uma operação que visa apurar supostos desvios de recursos na área da saúde entre os anos de 2012 e 2018. A Operação Panaceia investiga a possível apropriação indevida de R$ 900 milhões do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco em contratos firmados com uma organização social que teria vínculos com políticos. A ação policial resultou na execução de 11 mandados de busca e apreensão, sendo 10 deles em Goiânia e um em Brasília. Além disso, a operação determinou o sequestro de mais de R$ 28 milhões pertencentes aos investigados.
A investigação também abrange a família de Perillo, incluindo sua ex-esposa e filhas, que estão sob análise, com o sigilo bancário já quebrado. Os indícios apontam que os desvios teriam sido facilitados por uma organização social que prestava serviços a hospitais estaduais, a qual subcontratava empresas com ligações políticas. A Controladoria Geral da União (CGU) identificou que a organização social firmou contratos de forma genérica, o que possibilitou pagamentos sem a devida medição dos serviços prestados.
Iniciada em 2019, a investigação busca esclarecer crimes como peculato, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que Marconi Perillo enfrenta problemas legais; em 2018, ele foi detido durante a Operação Cash Delivery, que investigava o pagamento de propinas em campanhas eleitorais.
Veja a nota de repúdio de Marconi Perillo
“Mesmo esperando uma reação aos meus vídeos de denúncias por parte do grupo comandado por Caiado e que hoje domina Goiás e suas instituições, não imaginava que eles, mais uma vez, ousassem usar o poder do Estado para me perseguir, constranger e tentar calar.
Já fui vítima de outras armações e “operações” encomendadas, quando todos os meus sigilos e de minha família foram devassados, na mais profunda investigação contra um político em Goiás. Inclusive, essa armação foi duramente repreendida pelo STF .
Eles sabem da minha inocência e idoneidade. Não encontraram e não encontrarão nada contra mim. Nunca fiz o que narram. Só se fabricarem. Criarem factoides. Mas agora extrapolaram todos os limites e com extrema crueldade. Estão fazendo uma operação por supostos “fatos” acontecidos a 13 anos atrás . É estranho que só agora quando faço denúncias contra o atual governo é que resolvem realizar essa operação . Em política não existe coincidências . Não tem um único centavo em minhas contas e de minha família que não seja oriundo do meu trabalho e declarado no Imposto de Renda. Estão tentando criminalizar movimentações lícitas e legais e todas declaradas aos órgãos competentes. Isso é um absurdo!
Eu repudio veementemente a inclusão do meu nome nessa “operação”! Estão criando uma cortina de fumaça para não irem atrás de minhas denúncias e investigarem quem deveria ser investigado hoje em Goiás. Enquanto fazem mais um circo para me constranger, o Estádio Serra Dourada foi vendido por apenas R$ 10 milhões; o CORA vai custar o absurdo de R$ 2,4 bilhões e o Caiado ameaça a mim e minha família quando manda recado para ROTAM responder os meus questionamentos políticos, os mesmos que estão sendo investigados pela morte de Fábio Escobar, em Anápolis.
Não se iluda Caiado. Você não vai me calar! A hora daqueles que me perseguem vai chegar.”
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira