MCTI e Softex querem capacitar 30 mil em cibersegurança

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Softex anunciaram o lançamento de um programa que busca capacitar 30 mil profissionais em cibersegurança e privacidade. A iniciativa batizada de “Hackers do Bem” oferecerá inicialmente cinco cursos nos níveis de nivelamento, básico, fundamental, especializado e residência tecnológica para estudantes do ensino técnico, médio e superior, profissionais da área de tecnologia que buscam especialização e para quem procura migrar de área.

Durante a formação, os alunos terão eles terão acesso a aulas ao vivo, exercícios teóricos e práticos com a utilização de simuladores, vídeos e outros recursos.

Sob a coordenação da Softex, o programa será executado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em parceria com o Senai-SP. A iniciativa conta com R$ 30 milhões em recursos oriundos da Lei de TIC por meio do Programa Prioritário Nacional de Inovação (PPI).

“O Programa Hackers do Bem possui um valor estratégico para o Brasil ao contribuir diretamente com a qualificação profissional – que eleva o índice escolar – e ao estruturar elementos que fortalecem o ecossistema de cibersegurança. Os resultados vão desde avanços do País em uma área crítica que afeta de uma forma holística diferentes setores econômicos e que se refletem também na sociedade e na vida dos cidadãos”, avalia em comunicado a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

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Emilio Nakamura, diretor-adjunto de Cibersegurança da RNP, lembra que no Brasil há mais de 300 mil vagas que não são preenchidas por falta de profissionais de cibersegurança. “O Hackers do Bem, além de desenvolver competências em segurança cibernética, impactando o mercado e todos os setores, estabelece mecanismos de integração e sinergia com diferentes atores dos ecossistemas de ensino, pesquisa, inovação e segurança da informação”, explica.

O programa prevê ainda o fomento do ecossistema de inovação em cibersegurança para formação de empreendedores para área, desenvolvimento de projetos de P&D e a implantação de um hub nacional para este segmento, envolvendo instituições, associações, governo, reguladores, aceleradores, empresas, startups, empreendedores e alunos.

Ruben Delgado, presidente da Softex, destaca que um dos propósitos da iniciativa é colaborar para a construção de uma indústria nacional de segurança cibernética, “apoiada por pesquisas e por produções científicas de alto nível, capaz de reter talentos que possam realimentar o ciclo de produção do conhecimento, fortalecendo, assim, todo o ecossistema”, acrescenta.

Os interessados em participar do programa podem se cadastrar e receber informações pelo site.

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