Ministro da Agricultura se reúne pela primeira vez com a Frente Parlamentar da Agropecuária nesta terça

Nesta semana, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, deve participar pela primeira vez de um encontro na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária. Em reunião marcada para a terça-feira, 2, Fávaro deve anunciar novas linhas de crédito para o agronegócio. Inicialmente as medidas seriam anunciadas na Agrishow, maior feira internacional de tecnologia agrícola do Brasil, sediada em Ribeirão Preto. O ministro estaria negociando com a pasta da Fazenda a liberação de R$ 1 bilhão para o financiamento de projetos do agronegócio. A mudança do local do anúncio foi causada pelo cancelamento da participação do Governo Federal na feira do setor agrícola, que deve receber 200 mil pessoas e movimentar mais de R$ 11 bilhões em negócios, com lançamentos nos mais diversos setores da cadeia produtiva. O motivo da ausência se deu após o ministro ser desconvidado e ter a presença substituída pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que faria a abertura, que também foi cancelada. Essa é a primeira aparição de Bolsonaro em um evento público após seu retorno dos Estados Unidos.

O atrito entre o Governo Federal e a Agrishow tomou proporções ainda maiores quando foi anunciado que o Banco do Brasil retiraria o patrocínio do evento. Entretanto, a instituição financeira deve manter sua linha de crédito a produtores para a realização de negócios na feira. O montante previsto é de R$ 1,5 bilhão para a compra de máquinas agrícolas. Na terça, Fávaro e a frente formada por mais de 300 deputados e senadores devem tratar de pautas prioritárias do setor, como os detalhes da elaboração do Plano Safra 2023/2024, que deve ser anunciado em junho.

O programa de incentivo financeiro do Governo Federal para produtores rurais, que garante financiamentos com condições diferenciadas de juros para custeio e investimentos, prioriza pequenos e médios produtores. Na safra 2022/2023, foram disponibilizados R$ 340,88 bilhões. O valor reflete um aumento de 36% em relação ao Plano anterior. Fávaro também deve falar sobre a CPI do MST, recém instalada no Congresso Nacional, e sobre a questão do aumento de invasões de terra por movimentos sociais.

*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor