Morgan Stanley projeta dólar de R$ 6,70 a R$ 7,00

O banco de investimentos Morgan Stanley revisou as projeções para o câmbio no Brasil, estimando que o dólar pode atingir entre R$ 6,70 e R$ 7,00 em 2025, no cenário mais pessimista. O relatório aponta que a moeda brasileira está vulnerável com a ausência de medidas fiscais robustas por parte do governo.

A ausência de um plano claro para reduzir a dívida pública está preocupando investidores e isso aumenta a desconfiança do mercado e enfraquece ainda mais o real frente ao dólar. Nesta semana, o dólar ultrapassou a marca histórica de R$ 6,30 na quinta-feira (19). Aqui no Jornal da Manhã, há menos de 20 dias, nós destacamos que o mesmo banco de investimentos, Morgan Stanley, via uma piora na conjuntura atual e dizia que o dólar poderia chegar a R$ 6,30. Foi rápido e certeiro, a barreira dos R$ 6,30 foi atingida.

O relatório atual apresenta cenários otimistas e pessimistas para o câmbio. Em um contexto mais favorável, com um eventual progresso significativo no ajuste fiscal e controle do endividamento público, o dólar poderia recuar para a faixa de R$ 5,40, considerada o piso para os próximos anos. Por outro lado, no cenário mais pessimista, com piora na confiança dos investidores e ausência de reformas estruturais, o dólar pode ultrapassar os R$ 7,00, consolidando um patamar de alto risco fiscal.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

O novo patamar do dólar, atualmente acima de R$ 6,10 está provocando mudanças em vários elos dos negócios do agro. Os produtores de grãos, por exemplo, podem ter algum alívio com a melhora no preço em reais por saca causada pelo dólar. Mas, para quem vende no mercado interno, como os produtores de tomate, a situação é mais complicada.

Eles pagam insumos em dólar, mas não conseguem repassar esse aumento do importado no preço final, o que prejudica bastante a rentabilidade. O diesel já está no maior preço do ano, combustível importado e impactado pelo dólar, só para citar um exemplo dos impactos mais recentes. A macroeconomia deverá ser um dos principais desafios para o agro neste começo de 2025, com dólar em alta e juros subindo.