Motoristas de aplicativos entram em greve no país por reajuste na tarifa mínima e diminuição da comissão cobrada pelas empresas

Motoristas de aplicativo entraram em greve nesta segunda-feira, 15, em todo o território nacional. Entre as principais reinvindicações, está o aumento da tarifa mínima dos atuais R$ 5,62 para R$ 10 e a diminuição da comissão cobrada pelas empresas, que segundo o presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp), Eduardo Lima de Souza, pode chegar a até 60% do valor total das corridas. “Às vezes leva 1 km para chegar até o passageiro e mais 2 km ou 3 km até o destino. A tarifa mínima precisa ser de R$ 10. A fixação da taxa cobrada pelo motorista, orientamos a cobrança de 20%, para que o condutor tenha aumento de ganho e o passageiro não sofra com aumento. O motorista trabalha mais contente e o passageiro ganha um serviço de maior qualidade”, explicou o presidente da Amasp. Souza conta que começou a atuar como motorista de aplicativo em 2016. Segundo ele, a taxa era de 25% e o valor da corrida era fixo. “O passageiro pagou R$ 10, a empresa recebeu R$ 2,50 e repassa R$ 7,50 ao motorista”, exemplificou. No entanto, as empresas adotaram as taxas variáveis o que mudou o cenário. “Em resumo, você pagou um valor hoje e outro amanhã. Nós continuamos com os mesmos R$ 7,50. Em contra partida, houve aumento de combustível, nas peças de manutenção e no valor do próprio veículo. E o motorista continua ganhando a mesma coisa”, explicou. “A reivindicação é para resolver um problema do motorista, que não consegue trazer fundos suficiente. Entramos em uma situação complicada”, finalizou Souza.

Na manhã desta segunda-feira, motorista se reuniram na Praça Charles Miller, em São Paulo, e fizeram um “buzinaço”. Os manifestantes se deslocaram para o Iatim-Bibi e, em seguida, foram até a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Também houve manifestação em Campinas, no interior do Estado. A paralisação deve durar até a meia-noite horas desta segunda-feira. A Jovem Pan procurou a Uber e a 99. As plataformas se manifestaram através da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec). “A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (AMOBITEC) respeita o direito de manifestação e informa que as empresas associadas mantêm abertos seus canais de comunicação com os motoristas parceiros, reafirmando a disposição para o diálogo contínuo, de forma a aprimorar a experiência de todos nas plataformas”, disse a associação.