‘Ninguém morre de graça’, diz condenado a 136 anos de prisão em chacina no Mato Grosso

A Frieza ao ser julgado por matar sete pessoas, entre elas, uma adolescente de 12 anos, foi o que mais chamou a atenção de todos que acompanharam os depoimentos do caso da chacina num bar em Sinop (MT), em fevereiro de 2023. Edgar Ricardo de Oliveira, foi condenado a 136 anos, 3 meses e 20 dias de prisão em regime fechado, além de ter que indenizar as famílias das vítimas no valor de R$ 200 mil, divido igualmente. Ao ser confrontado por ter matado as pessoas por motivo fútil, ele disse que “não é assim, ninguém morre de graça”. Até mesmo o investigador, Wilson Candido de Souza, que atuou nas apurações e prestou depoimento durante o julgamento afirmou que em 24 anos de profissão, nunca tinha visto tanta apatia diante da vida humana em um crime. “O próprio motivo foi por causa de prejuízo material do jogo”. Para quem não se lembra do caso, Edgar e Ezequias Souza Ribeiro executaram as vítimas após uma partida de sinuca. Eles perderam jogos onde foi apostada uma quantia em dinheiro. Primeiro a dupla disputou uma partida, perdeu e foi buscar mais dinheiro. Após perder novamente, os autores do crime foram alvos de piadas.
Foi então que eles foram até o carro e pegaram duas armas. Os atiradores atingiram as vítimas e depois fugiram levando a quantia da aposta. Ezequias foi morto num confronto contra a polícia durante a fuga. Dois dias depois, Edgar se entregou. A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal da Comarca, durante a leitura da sentença, mencionou as qualificadoras de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel que resultou perigo comum e recurso que dificultou defesa das vítimas por seis vezes, furto e roubo majorado com uso de arma de fogo como agravante. As vítimas foram Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos, Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos, Elizeu Santos da Silva, de 47 anos, Josué Ramos Tenório, de 48 anos, Adriano Balbinote, de 46 anos, Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos, e a filha dele, Larissa Frasão de Almeida, de apenas 12 anos.