Nvidia tem planos para chip de desktop desenvolvido com a MediaTek, afirma CEO

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Jensen Huang, CEO da Nvidia, afirmou nesta terça-feira (7) que a MediaTek poderá comercializar o chip processador central para desktops que ambas as empresas revelaram esta semana. Ele também destacou que a Nvidia tem planos ainda não divulgados para esse chip.

Segundo a Reuters, na segunda-feira (6), durante a CES, que acontece em Las Vegas, nos Estados Unidos, a Nvidia apresentou um computador desktop chamado Project DIGITS. A máquina utiliza o mais recente chip de IA “Blackwell” da Nvidia e terá o preço de US$ 3 mil. O dispositivo inclui um novo processador central (CPU), desenvolvido em parceria entre Nvidia e MediaTek.

No evento, ao responder a uma pergunta de um analista durante apresentação para investidores, Huang explicou que a Nvidia escolheu a MediaTek para codesenhar um CPU eficiente em termos de energia, que poderia ser vendido amplamente.

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“Agora eles podem fornecer esse produto para nós e mantê-lo para eles mesmos, atendendo ao mercado. Foi uma grande parceria em que todos saem ganhando”, disse Huang.

Anteriormente, a Reuters havia relatado que a Nvidia estava trabalhando em uma CPU para computadores pessoais, desafiando o domínio de mercado de Intel, AMD e Qualcomm em computadores de consumo e empresariais.

Foco em desenvolvedores de IA

O computador Project DIGITS ainda não é um dispositivo para o mercado de massa. Ele opera com um sistema operacional baseado em Linux da Nvidia, voltado para desenvolvedores de IA. Huang afirmou que esses desenvolvedores são o público-alvo inicial do projeto.

Huang mencionou que a Nvidia tem planos adicionais para seu CPU de desktop, mas disse que prefere revelar detalhes no momento certo. “Obviamente, temos planos”, afirmou.

Mais tarde, na sessão de perguntas, Huang comentou que a Nvidia acredita poder reduzir a barreira entre o sistema operacional Linux, usado por desenvolvedores de IA, e o Windows da Microsoft (MSFT.O), amplamente utilizado por consumidores. Isso seria possível por meio de uma tecnologia da Microsoft chamada Windows Subsystem for Linux, que permite a utilização de ambos os sistemas em um único computador.

“Vamos transformar isso em um produto amplamente acessível”, disse Huang. “Iremos apoiá-lo com todos os recursos que oferecemos para softwares profissionais e de alta qualidade, e os fabricantes de PCs o disponibilizarão aos consumidores finais.”

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