Open Gateway: Vivo avança com parcerias e projetos com empresas como o Itaú
A Vivo está avançando em um projeto que considera estratégico e que busca revolucionar a conectividade e a interação digital no Brasil: o Open Gateway. Com foco em Application Programming Interfaces (APIs), a iniciativa permite que empresas de diversos setores, como financeiro, telecomunicações e tecnologia, acessem e integrem serviços diretamente à infraestrutura da operadora, proporcionando mais segurança, eficiência e personalização nas interações com seus clientes.
Leonardo Silva, head de Big Data e IA B2B da Vivo, explicou ao IT Forum durante a Futurecom, feira de tecnologia que acontece de 8 a 10 de outubro em São Paulo, que o Open Gateway é uma plataforma com grande potencial para a criação de novos mercados e modelos de negócios.
“Temos um forte engajamento de todos os níveis da empresa e estamos trabalhando em estreita colaboração com nossos clientes, coletando feedbacks para melhorar as ofertas”, comenta Silva. O Itaú, por exemplo, é um parceiro-chave nessa jornada, com quem a Vivo está explorando novos casos de uso para APIs.
APIs em ação
Uma das grandes promessas do Open Gateway está na oferta de APIs que abordam problemas críticos, como fraudes e validação de dados. Silva detalha que a Vivo já está realizando provas de conceito (POCs) com grandes players do setor financeiro, como o próprio Itaú, para testar APIs que identificam atividades fraudulentas. Um exemplo é a API SIM Swap, ou troca do SIM, que detecta mudanças suspeitas no cartão SIM, uma prática comum em fraudes bancárias.
Além disso, a Vivo está utilizando APIs de geolocalização de dispositivos para evitar o uso de GPS falsos, bem como APIs de validação de CPF e número de telefone para garantir a integridade das informações. “Essas soluções são essenciais para o processo de ‘know your customer’, ajudando a combater problemas como ligações desenfreadas, que ocorrem quando as empresas não têm bases de dados confiáveis”, destaca Silva.
O executivo acrescenta que a Vivo também está trabalhando no desenvolvimento de APIs para combate à fraude e uma API de mensageria, integrando padrões de comunicação e segurança. Atualmente, a operadora possui três APIs em parceria com outras operadoras, mas pretende expandir esse portfólio com novos lançamentos ainda este ano.
Parcerias do Open Gateway
Um dos desafios centrais do Open Gateway é a sua monetização. A Vivo está apostando em um modelo de APIs como serviço, amplamente utilizado globalmente. A estratégia inclui a venda direta por meio da força de vendas da Vivo e uma estrutura de parceiros de canais, como integradores e hyperscalers, incluindo a Microsoft, que já está integrada com o Open Gateway por meio da Azure.
Outro aspecto importante é a comercialização de APIs embarcadas em soluções de parceiros, como o AI Contact Center (AI CC) da Huawei, que já vem com integração ao Open Gateway de forma nativa, explica o executivo. “Esse tipo de parceria é essencial para ampliar a difusão das nossas soluções, já que para o cliente final, tudo isso é transparente”, afirma Silva.
Impactos no mercado
A Vivo está em uma jornada crescente para não apenas comercializar APIs, mas também educar o mercado sobre o potencial dessa tecnologia. A adoção de APIs é um movimento que transforma a maneira como empresas operam, oferecendo novas oportunidades de personalização, automação e controle sobre suas operações.
O Open Gateway da Vivo também abre portas para discussões mais amplas sobre eficiência operacional, experiência do cliente e o papel das telecomunicações no desenvolvimento de novas tecnologias. “Estamos apenas no início dessa jornada, mas já vemos um movimento interessante de empresas utilizando nossas APIs nativamente em seus produtos. Acreditamos que o Open Gateway será um pilar essencial na transformação digital de diversas indústrias”, conclui ele.
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