‘Padrão autoritário’, diz Zambelli sobre multa imposta pelo TSE por desinformação

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) emitiu nota nesta quinta-feira 18, criticando a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de multá-la por propagar desinformação nas redes sociais no caso em que relacionou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, morto em 2002. “É lamentável constatar que a nova geração esteja aderindo a esse padrão autoritário, disfarçado cinicamente como um combate à ‘desinformação’ ou qualquer outra expressão da moda fabricada por certos grupos”, escreveu a parlamentar. Além de Zambelli, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) também foram condenados. Eles deverão pagar multa de R$ 10 mil. “Se admitirmos a aplicação de multas e determinação de remoções de conteúdo dessa natureza, estaremos aceitando que somente as versões das autoridades sejam permitidas de serem propagadas. Nesse contexto, a busca pela verdade perde sua relevância”, defendeu a deputada do PL.

A ação no TSE foi movida pela campanha de Lula das eleições de 2022, contra Flávio e Gabrilli. Na ocasião, Zambelli e o filho do ex-presidente da República repercutiram entrevista concedida por Gabrilli à Jovem Pan News, na qual a senadora citou suposições que ligavam Lula ao caso do Celso Daniel. No julgamento desta quinta-feira, ao anunciar seu parecer contra os acusados, o relator da ação, ministro Carlos Horbach, argumentou que o assassinato de Celso Daniel está encerrado na Justiça, assim como os responsáveis devidamente processados e julgados, acrescentando que o Ministério Público encerrou definitivamente as apurações, não havendo indícios de envolvimento do PT e seus integrantes.