Papa Francisco alerta sobre “crise da verdade” na IA em mensagem no Fórum de Davos
O Papa Francisco enviou um alerta aos líderes políticos, econômicos e empresariais reunidos no Fórum Econômico Mundial (WEF), em Davos, sobre os riscos associados ao desenvolvimento da inteligência artificial (IA). Ele destacou que, embora a tecnologia tenha um grande potencial, também pode intensificar o que chamou de “crise da verdade” na esfera pública.
A mensagem do pontífice, lida pelo cardeal Peter Turkson durante o encontro anual na Suíça, abordou as complexidades éticas da IA, tema central do evento deste ano. Francisco elogiou as capacidades da tecnologia, mas advertiu sobre os desafios críticos que ela impõe para o futuro da humanidade.
De acordo com a Reuters, ele ressaltou que a IA pode produzir resultados quase indistinguíveis daqueles criados por seres humanos, o que agrava as preocupações com a disseminação de desinformação e com os impactos sobre a percepção da verdade em debates públicos. Segundo ele, governos e empresas devem agir com diligência e vigilância ao lidar com essas novas tecnologias.
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Desde que assumiu a liderança da Igreja Católica em 2013, o Papa Francisco tem se dedicado a discutir as implicações éticas de avanços tecnológicos, incluindo a inteligência artificial. Em junho do ano passado, ele abordou o tema na cúpula do G7, na Itália, alertando para os perigos de permitir que algoritmos definam os destinos das pessoas.
O pontífice também foi envolvido em um episódio que exemplifica a “crise da verdade” mencionada. Em 2024, uma imagem falsa gerada por IA o mostrou com um longo casaco branco acolchoado, viralizou nas redes sociais, ilustrando os riscos de manipulação digital.
A mensagem reforça o apelo do Papa por uma abordagem responsável e ética no desenvolvimento e na aplicação da IA destacando a necessidade de garantir que a tecnologia esteja a serviço do bem comum, e não como um elemento que aprofunde desigualdades ou comprometa a verdade.
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