Para crescer e acabar com a pobreza, país precisa investir na mulher e no planejamento familiar

A transformação da sociedade e de um país não é tarefa apenas dos governos, dos partidos e dos políticos. Precisamos ajudar os gestores bem-intencionados e colaborar para a modernização e a eficiência dos serviços públicos. Segundo dados do IBGE, 155,7 milhões de brasileiros estão presentes na internet, e as mulheres são a maioria na rede: 85% das brasileiras acima de 10 anos são usuárias de internet e 90% delas acessam as redes sociais diariamente e passam em média 3 horas e 31 minutos conectadas. O nosso celular é o dispositivo mais utilizado para acessar a internet e os golpes cibernéticos têm crescido muito. E o principal alvo dos criminosos, continuam sendo as mulheres.

Nenhum país emergiu da pobreza nos últimos 50 anos sem investir no planejamento familiar. Investir na mulher é investir na família. Por nossas mãos, passam a transformação do nosso país em um lugar melhor para viver, mais humano, mais desenvolvido e com mais oportunidades. Hoje a Jovem Pan investe na mulher por meio da plataforma Mulheres Positivas, com os pilares conteúdo, vagas de trabalho e cursos de capacitação. A tecnologia está a nosso favor para que possamos falar com todas as mulheres – especialmente aquelas vulneráveis e em situação de violência.

De acordo com o PAISM (Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher), as mulheres são a maioria da população brasileira (50,8%) e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). As mulheres vivem mais que os homens, porém adoecem mais frequentemente. A vulnerabilidade feminina frente a certas doenças e causas de morte está mais relacionada com a situação de discriminação na sociedade do que com fatores biológicos. De acordo com o Guia de Direitos Humanos, as mulheres ganham menos, estão concentradas em profissões mais desvalorizadas, têm menor acesso aos espaços de decisão no mundo político e econômico, sofrem mais violência (doméstica, física, sexual e emocional), e vivem dupla ou tripla jornada de trabalho.

Quando as mulheres recebem mais informações e programam suas gestações, têm maior probabilidade de avançar em sua formação, ter um salário melhor, criar filhos saudáveis e dispor de tempo e dinheiro para oferecer a cada um deles comida, atenção e educação necessárias para que prosperem. Quando os filhos alcançam o seu potencial, não continuam pobres; e é dessa maneira que as famílias e os países saem da pobreza. Nos últimos 20 anos, o Brasil não reduziu a gravidez na adolescência, o que é um fator impeditivo no desenvolvimento humano e econômico. Na maioria das vezes, esta mulher sai da escola, grande parte é abandonada pelo parceiro, 40% voltam a engravidar dois anos depois e o sistema público de saúde é sobrecarregado. A gravidez precoce tende a escravizar a mulher, e o Brasil gasta 10% do seu PIB em consequência desse fenômeno.

Estamos lutando pelas mulheres, sim, mas, acima de tudo, pelo nosso país, pelo nosso Estado, pelas nossas famílias e por nós mesmos. E que o Mulheres Positivas na Jovem Pan seja uma ferramenta para mais proteção e desenvolvimento. De todos nós, para todos nós.