PF conclui perícia no prédio do STF e vai cruzar dados genéticos para identificar vândalos

A Polícia Federal concluiu a perícia no prédio do Supremo Tribunal Federal depois dos atos de vandalismo do último domingo, 8. Os 50 peritos envolvidos na ação coletaram digitais, materiais genéticos, pegadas e outros itens, com o objetivo de tentar identificar os responsáveis pela depredação das sedes das instituições democráticas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Imagens de câmeras de segurança também foram analisadas. Agora, o material será cruzado com os dados das pessoas que foram detidas. A previsão é de que um laudo seja liberado pela PF em cerca de 30 dias. O ministro do STF Alexandre de Moraes percorreu todos os andares do prédio na última quarta-feira, 11, para conferir o proporção da destruição. No mesmo dia, Moraes determinou que as autoridades públicas de todo o país impeçam qualquer tentativa de bloqueio de vias públicas nos locais indicados para uma possível manifestação convocada pelas redes sociais. A proibição também vale para interrupção à liberdade de tráfego em todo o território nacional, bem como o acesso a prédios públicos. A decisão prevê multa de R$ 20 mil para pessoas físicas e de R$ 100 mil para empresas que descumpram as ordens. O ministro afirma que a convocação de novos atos nas ruas é um evidente desdobramento do movimento do último domingo e que essa mobilização demonstra a existência de uma organização criminosa que atenta contra a democracia e o Estado democrático, especificamente o poder judiciário.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da Advocacia-geral da União (AGU), que identificou em grupos de trocas de mensagens que pessoas estariam convocando novas manifestações para todas as capitais do país. Moraes ainda determinou que as autoridades devem prender em flagrante quem ocupar vias ou invadir prédios públicos. As autoridades também devem identificar os veículos usados nos atos e os proprietários e apreender todos os veículos. Além disso, o magistrado determinou que o aplicativo de mensagens Telegram bloqueei canais, perfis e contas de grupos que estão convocando as manifestações.

*Com informações da repórter Iasmin Costa