Pré-candidatos a desembargador do TJ-MT enfrentam acusações de corrupção e violência contra mulher

Em um movimento que promete agitar os bastidores jurídicos de Mato Grosso, o Tribunal de Justiça (TJ-MT) anunciará, no próximo dia 15 de junho, a abertura de uma vaga para desembargador. A saída do desembargador Luiz Ferreira da Silva, que se aposentará compulsoriamente ao completar 75 anos, abrirá espaço para a escolha de um novo magistrado, conforme prevê o Quinto Constitucional da advocacia.

A Ordem dos Advogados do Brasil — Seccional Mato Grosso (OAB-MT) será responsável por indicar os seis nomes que integrarão a lista a ser apresentada ao TJ-MT. O processo de seleção ocorrerá através de uma votação entre os conselheiros titulares da OAB, mas ainda não há uma data definida para a publicação do edital que oficializará a eleição.

Nos corredores da OAB, a expectativa é de que a disputa entre os pré-candidatos já esteja em pleno andamento. Informações obtidas pela coluna revelam que, embora a trajetória profissional de alguns nomes seja extensa, ela não é isenta de controvérsias. Entre os indicados, há aqueles que enfrentam acusações graves, como agressão a ex-esposas e envolvimentos em esquemas de corrupção ligados à venda de sentenças, atualmente em investigação pelo Supremo Tribunal Federal, uma situação delicada que ganhou destaque após o assassinato do advogado Roberto Zampieri.

É importante destacar que o TJ de Mato Grosso já enfrenta a ausência de dois desembargadores, afastados desde o ano passado, sob suspeita de práticas ilícitas relacionadas à venda de sentenças. A coluna continuará a acompanhar de perto os desdobramentos dessa eleição, que promete trazer novas nuances ao cenário judicial do estado.