Prefeitos que começam novo mandato em 2025 pretendem investir em segurança pública municipal
Na maior cidade do país, o prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB) se comprometeu em contratar mais 2.000 guardas-civis metropolitanos ao longo destes quatro anos de gestão. Atualmente o quadro de agentes é de 7.600 GCMs. Durante discurso de posse, Nunes também enfatizou o Programa Smart Sampa que conta com tecnologia de monitoramento por câmeras para contribuir no reconhecimento de pessoas procuradas e desaparecidas, principalmente na região central de São Paulo onde ficam os usuários de drogas da Cracolândia.
A inteligência artificial tem sido uma importante aliada para implementação de medidas que facilitam a atividade não só da GCM, mas também das policiais militar e civil. No ano passado, o prefeito da capital paulista adquiriu 116 novas motos com um investimento de R$ 5,7 milhões, 57 novas viaturas, além da compra de armamentos e equipamentos da Guarda Civil Metropolitana. Já no Rio de Janeiro, o prefeito também reeleito Eduardo Paes (PSD), logo depois da cerimônia de posse afirmou que pretende promover uma reformulação da Guarda Civil da capital carioca.
Ele defendeu a criação de uma Força Municipal de Segurança com a ideia de recrutar egressos das Forças Armadas. A proposta de Paes, é dar mais autonomia aos agentes com profissionais treinados pelo Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro. Alvo de críticas pela oposição no período de campanha por não atuar no combate à violência de modo mais efetivo, o chefe do executivo reeleito quer que os profissionais atuem em áreas onde o crime organizado não detém o controle do território com atenção especial aos turistas. Tanto no Rio de Janeiro como também em São Paulo, os prefeitos desejam que as guardas tenham mais autonomia.
Esses discursos vêm em meio ao Decreto do Governo Federal estabelecendo diretrizes quanto a atividade policial e indignações por parte dos governadores. Agora, que de fato a Guarda Municipal tem papel fundamental na sociedade, isso não resta dúvidas. Afinal, os agentes estão mais próximos da sociedade e na observação dos criminosos. Eles podem ser fundamentais para evitar furtos e roubos em cidades que tem grande potencial turístico, mas não conseguem ampliar a capacidade de lotação, por receio de pessoas que têm medo de se tornar vítimas. A única maneira de se ter mais segurança sem a necessidade de intervenção do estado, é através da guarda. Exatamente por isso também, que os discursos dos prefeitos estão voltados a este sentido.