Prefeitura de Felício dos Santos repudia atitude de vereador que invadiu UBS

A Prefeitura de Felício dos Santos, localizada em Minas Gerais, divulgou uma nota de repúdio direcionada ao vereador Wladimir Canuto, do partido Avante. O documento critica a invasão do parlamentar à sala vermelha da Unidade de Saúde Básica, onde um paciente em estado crítico estava sendo atendido e, infelizmente, veio a falecer. O prefeito Weniton William França, do PRD, relatou que Canuto entrou de maneira abrupta e proferiu ofensas verbais aos profissionais de saúde presentes. Em resposta às acusações, Wladimir Canuto justificou sua presença na UBS, afirmando que sua intenção era fiscalizar a lentidão no atendimento.

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“Eu sou fiscal do município. O salário que todos os funcionários da prefeitura recebem, eu fiscalizo. Eu tenho que ver se estão trabalhando de acordo, se são merecedores. Uma atendente me disse que eu não poderia entrar, e eu disse: ‘Eu posso’. Quando entrei, me deparei com o médico sentado na cadeira dele, mexendo no celular. Perguntei: ‘Tem emergência online, é isso?’. Pedi para ver o outro médico. Disseram que eu não poderia entrar na sala. Eu simplesmente abri a porta, aí vi que tinha muita gente lá dentro. Eu só perguntei se tinha médico na sala, a médica respondeu, e fechei a porta,” disse a Canuto em vídeo nas redes sociais.

A médica Larissa Vieira, que estava no local durante o incidente, manifestou sua indignação pela interrupção em um momento tão crítico.”Como médica que estava realizando o atendimento de alta complexidade tendo a sala invadida em um momento de um procedimento que exigia total atenção no meu paciente expresso aqui a minha completa indignação. O senhor é muito bom com as palavras e realmente não temos como provar o que ocorreu perante a justiça dos homens mas a justiça Divina não falha. Fale como quiser, mas eu não dormiria com consciência tranquila depois de ter feito o que o senhor fez. Lamentável, vergonhoso e desumano”, comentou a médica.

A administração municipal anunciou que tomará providências legais contra o vereador, considerando sua atitude como “vil e ardilosa”. “A ação desencadeou tumultos diversos na instituição, desestabilização psicológica de toda uma equipe, que mesmo o paciente vindo a óbito, não foi suficiente para vereador ter empatia, causando revolta dos familiares e usuários/pacientes na UBS”, continua a nota. Além disso, a Prefeitura solicitou à Câmara dos Vereadores que investigue e tome as devidas medidas disciplinares em relação ao comportamento de Canuto.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias