Primeiro foguete impresso em 3D decola com sucesso, mas não entra em órbita 

Após três tentativas, o Terran 1, primeiro foguete impresso em 3D do mundo decolou com sucesso na quarta-feira, 22, mas não conseguiu entrar em órbita devido a uma “anomalia” após o lançamento, o que representou um passo a mais para a empresa responsável pela construção da aeronave. Embora não tenha conseguido atingir todo o objetivo, o lançamento demonstrou que o foguete poder suportar os rigores da decolagem. O foguete não tripulado Terran 1 decolou de Cabo Canaveral, Flórida, às 23h25 locais (0h25 de Brasília), mas sofreu uma “anomalia” durante a separação do segundo estágio, quando seguia para órbita baixa da Terra, de acordo com a transmissão ao vivo. A Relativity Space, uma start-up com sede na Califórnia que fabricou produto, não divulgou mais detalhe. O Terran 1 não transportava uma carga útil em seu primeiro voo, mas eventualmente será capaz de colocar até 1.250 quilos na órbita baixa da Terra.

Financiado com recursos privados, o foguete tem 33,5 metros de altura, 2,2 metros de diâmetro e 85% de sua massa é impressa em 3D com ligas metálicas, incluindo os nove motores Aeon 1 no primeiro estágio e o motor Aeon Vacuum no segundo estágio. Esse é o maior objeto impresso em 3D já visto. A Relativity tem como objetivo produzir um foguete 95% impresso em 3D. A empresa está máquina espacial maior, o Terran R, capaz de colocar uma carga útil de 20.000 kg na órbita baixa da Terra. O primeiro lançamento de um Terran R, projetado para ser totalmente reutilizável, está programado para 2024. A empresa afirmou que seus foguetes usam 100 vezes menos peças do que os tradicionais e podem ser montados a partir de matérias-primas em apenas 60 dias. A Relativity já assinou contratos de lançamento comercial no valor de cerca de US$ 1,65 bilhão, principalmente para o Terran R, de acordo com o CEO e cofundador da empresa, Tim Ellis.