Cai o número de mulheres em cargos de liderança em 2023, diz estudo

O número de mulheres em cargos de liderança caiu neste ano, revelou novo estudo global realizado pelo Institute for Business Value, da IBM. A pesquisa entrevistou 2.500 profissionais de organizações em 12 países, incluindo o Brasil.

O relatório ressalta a queda significativa na representatividade dos cargos durante a pandemia, e o fato de ela ainda não ter se recuperado. Atualmente, 14% ocupam cargos de vice-presidente sênior. Em 2019, ou seja, período pré-pandêmico, esta porcentagem era de 18%.

A queda na ocupação destes cargos é ainda maior para profissionais seniores e gerenciais não executivos. Globalmente, a porcentagem de mulheres ocupando esses cargos é de 30% – com o Brasil em 29%.

Mulheres na TI: cursos e vagas exclusivas para elas

A inclusão de mulheres na liderança não assume ainda um lugar estratégico dentro da maioria das companhias, tendo em vista que, no Brasil, menos da metade (45%) delas relatam que priorizaram o tema, acompanhando a tendência global.

Em contrapartida, o estudo constatou um pequeno aumento no nível C-suite e Conselho (agora 12% para ambos) e um aumento para 41% na representação de mulheres em profissionais juniores/especialistas (37% em 2021) no Brasil.

Mulheres na pandemia

O estudo também constatou que a pandemia continua a ter um impacto desproporcional para as mulheres. Entrevistados em todo o mundo – e no Brasil – classificam o impacto da pandemia como uma das maiores dificuldades enfrentadas por elas, reconhecendo o imenso e duradouro impacto que isso causou a elas.

“O estudo mostra que as organizações precisam priorizar formalmente o avanço das mulheres — e todos os grupos historicamente sub-representados — e tomar medidas específicas para desafiar o viés inconsciente”, afirma Stephanie Stolfo, Líder de Diversidade e Inclusão para a IBM América Latina “Não basta apenas criar programas de diversidade sem colocar em prática políticas de implementação e continuação destas ações. Desafiar barreiras e o pensamento limitante é fundamental para promovermos crescimento social e econômico”.