Rastreadores funcionam? g1 testa três modelos


Itens servem para localizar bagagem, carteiras e chaves – e até mesmo pets dentro de casa; Guia de Compras avaliou dois modelos para colocar na mala e um para achar coisas ao seu redor. Guia de Compras: rastreadores
g1
Nada pior do que ir viajar e, ao chegar ao destino, descobrir que a companhia aérea deixou suas malas em algum ponto do caminho. Para ter um pouco de paz de espírito durante o trajeto, os rastreadores são uma grande ajuda.
Basta colocar um dos itens na mala e acompanhar pela tela do celular onde ela está em uma localização bastante precisa (veja como eles funcionam).
Outros guias:
FAMA NO TIKTOK: conheça a garrafa da moda, com capacidade de 2 litros de água
PARA GATOS: acessórios que ajudam os felinos e seus donos
CÂMERA DE SEGURANÇA: veja opções para monitorar a casa
TODOS OS GUIAS
Dá para usar também na mochila, na caixa de transporte do bicho de estimação ou mesmo no chaveiro de casa, que cisma em cair na fresta do sofá.
O Guia de Compras testou três modelos de rastreadores:
Apple AirTag
Samsung Galaxy SmartTag
Geonav MyFinder
Os dois primeiros têm a localização baseada em uma rede de vários telefones conectados de forma anônima da própria marca para rastrear o objeto.
Eles também são mais caros, custando a partir de R$ 300 nas lojas on-line em fevereiro.
O modelo da Geonav é uma versão mais econômica (custava R$ 80), que usa apenas Bluetooth para localizar objetos com a tag próximos ao celular. Se perder um item e estiver fora do alcance do celular, ele pode se perder para sempre.
Veja o resultado dos testes a seguir e, no final, a conclusão.
Apple AirTag
O AirTag, da Apple, é o rastreador mais caro do teste, vendido por R$ 400 nas lojas on-line em fevereiro. E, como é comum a produtos da marca, só funciona conectado a outros dispositivos da Apple, como iPhone e iPad.
O aparelho tem o formato circular, lembrando uma moeda. Tem 3,1 cm de diâmetro e pesa somente 11 gramas.
A bateria dura 1 ano, segundo a Apple, e pode ser substituída de maneira fácil.
Para ativar, basta abrir a caixa do AirTag e aproximar do iPhone, que reconhece o item de imediato e o associa à sua conta Apple.
Só dar um nome para o item (aqui a escolha foi por “bagagem”) e o AirTag já aparece no aplicativo Buscar, integrado ao sistema operacional do iPhone/iPad.
Buscar: aplicativo da Apple mostra a localização exata do item com a AirTag
g1
No Buscar, é possível configurar sons de alerta do AirTag e as notificações em caso de esquecimento.
O app também permite ativar o modo de item Perdido, que só deve ser ativada se o item com o AirTag for realmente considerado fora de alcance – como uma mala perdida pela companhia aérea ou uma carteira furtada.
O recurso bloqueia o emparelhamento da tag com outras contas Apple e mostra uma mensagem no iPhone próximo de quem encontrar o item.
Depois de colocar na mala e ir para o aeroporto, o app Buscar sempre mostrou onde estava a bagagem.
Existe uma pequena diferença no mapa em comparação ao Samsung Galaxy Smart Tag. Aqui é possível escolher o tipo de visualização das ruas (padrão ou visão por satélite).
Pelo Buscar, foi possível acompanhar a mala em todo o trajeto, desde a saída para o aeroporto, passando pela conexão e chegando ao destino final.
Caso a mala tivesse sido perdida, o AirTag indicaria sua localização exata.
O único ponto negativo do AirTag é que a Apple criou o produto para uso com acessórios adicionais – tem até itens de marca de luxo no site da marca.
Um chaveiro de couro oficial da Apple custa R$ 430, para ficar em um exemplo – mais caro que a própria tag.
Por conta disso, não é possível prender o AirTag a outros itens sem ter os acessórios. No teste, a solução foi usar o AirTag solto na mala mesmo, em um bolso interno.
Tanto o modelo da Samsung como o da Geonav têm um furo na peça para passar um cordão ou prender a um chaveiro.
Samsung Galaxy SmartTag
O Samsung Galaxy SmartTag funciona de maneira similar ao rastreador da Apple, com a rede de smartphones Samsung ajudando a encontrar o objeto perdido.
Mas o dispositivo tem uma diferença: funciona com qualquer celular com sistema Android, não sendo exclusivo da Samsung.
Nas lojas da internet, o rastreador da Samsung era vendido por R$ 300 no começo de fevereiro.
Seu design quadrado, com bordas arredondadas, inclui um suporte para prender o Galaxy Smart Tag a outros objetos e um botão multifuncional, algo que não existe no AirTag da Apple.
Tem 3,9 cm de comprimento e pesa 13 gramas.
Toda a configuração é feita pelo aplicativo SmartThings, que serve de central de produtos conectados da Samsung e outras marcas.
O SmartThings indica o nível da bateria, que pode ser trocada. Durante o teste, o app disse que a carga era considerada suficiente (algo bastante variável, já que “suficiente” é algo entre 16% e 100% de capacidade).
Samsung Galaxy SmartTag: app SmartThings controla seu uso
g1
A instalação via SmartThings é muito parecida com o do AirTag. Basta aproximar do celular Android, conectar e a tag aparece como uma opção entre os outros dispositivos conectados no app.
O botão multifuncional pode ser programado para controlar a casa inteligente. Pela central, é possível configurar o rastreador para acender ou apagar as luzes de casa ao acionar o botão, por exemplo.
Dá até para atribuir rotinas (programações como acender luzes ou encontrar o celular) pressionando o botão uma vez ou mantendo pressionado por mais tempo. E os sons de alerta, acionados quando o rastreador é localizado, podem ser configurados pelo app também.
O Samsung Galaxy Smart Tag foi colocado na mesma mala despachada, junto ao AirTag.
A localização demora mais que o da Apple. Isso pode ter a ver com a proximidade de mais iPhones do que celulares Galaxy por perto durante o rastreamento.
Mas funcionou sem problemas, só com detalhes menos sofisticados de mapa em comparação com o AirTag.
Indicou o local onde a mala estava o tempo todo durante a partida, conexão e chegada. e, caso ela tivesse desaparecido, poderia ajudar a identificar o local para reclamar com a companhia aérea.
GeoNav MyFinder
Dos três rastreadores do teste, o Geonav MyFinder é o mais simples e barato. Custava R$ 70 nas lojas on-line em janeiro.
Ele não conta com uma rede de celulares para localizar o dispositivo, mas usa conexão bluetooth para encontrar itens próximos que estão até 50 metros de distância.
A ideia aqui não é encontrar um objeto perdido em um aeroporto, mas achar coisas próximas dentro de casa, seja um chaveiro que caiu em uma fresta do sofá ou o gato escondido dentro do armário.
O visual do MyFinder é bem parecido com o da Samsung, um quadrado com cantos arredondados, espaço para pendurar no chaveiro e um botão no meio. Tem 3,8 cm de diâmetro e pesa 12 gramas.
Sua bateria, de acordo com a fabricante, dura em torno de 1 ano. Ela pode ser substituída com facilidade e a Geonav inclui uma bateria extra na caixa do produto, algo que não ocorre nos produtos da Apple e da Samsung.
A configuração do rastreador foi feita pelo aplicativo MyFinder, da Geonav, que é tão simples como o produto. Basta ativar o bluetooth, sincronizar o dispositivo e pronto.
A tela principal do app MyFinder mostra um mapa com a localização do objeto, a potência do sinal do rastreador em relação ao celular e a capacidade da bateria.
MyFinder: app com o mesmo nome traz informações básicas sobre o rastreador
g1
Nas configurações, é possível ajustar nome do rastreador, toque de identificação e controlar as notificações, incluindo um “tempo silencioso” para evitar interrupções em determinados horários.
Um recurso útil do rastreador é o botão, que serve para localizar o smartphone caso esteja perdido dentro de casa. É algo que pode até ser configurado no produto da Samsung, mas não existe mesmo no da Apple.
Durante a viagem, o Geonav MyFinder ficou na mochila de bordo, sem ser despachado. Afinal, seria localizado dentro do aeroporto somente se o dono estivesse a 50 metros de distância, o que nem sempre é o caso em uma viagem.
Mas, se a mochila fosse esquecida em algum lugar, o smartphone apitaria.
Conclusão
MAIS FÁCIL: o Apple AirTag é o mais amigável e simples de usar dos três modelos avaliados. Tem configuração rápida e seus recursos são informados com facilidade para qualquer pessoa.
O único problema mesmo é a necessidade de um acessório adicional para transporte, que envolve gastar mais dinheiro – e que pode ser mais caro que o próprio rastreador.
MAIS VERSÁTIL o Samsung Galaxy SmartTag ganha pontos aqui por permitir seu uso como controle remoto para itens da casa inteligente, como acender lâmpadas ou comandar rotinas de uso.
E A BATERIA? Os três rastreadores são movidos a baterias do tipo CR2032, aquela com estilo “moeda”. As fabricantes estimam o seu uso em torno de um ano, confirmado pelo teste com o Galaxy SmartTag, comprado em março de 2021 e com a bateria trocada em maio de 2022.
Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.
Veja vídeos do Guia de Compras