Remessas de óculos VR e AR têm queda de 21% em 2022, aponta IDC

IDC mostra que remessas de headsets VR e AR caíram em 2022
Consumidores frearam as compras de aparelhos VR e AR em 2022, mostra IDC (crédito: Freepik)

Grandes apostas das empresas de tecnologia, as remessas globais de headsets de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR) caíram 20,9% em 2022, para 8,8 milhões de unidades, informou a International Data Corporation (IDC), nesta quinta-feira, 8.

O declínio, no entanto, não foi totalmente inesperado. Na avaliação da consultoria, a queda nas vendas se deve ao número limitado de fornecedores, ao ambiente macroeconômico desafiador e à falta de uma adoção em massa pelos consumidores.

Além disso, segundo a IDC, os resultados de 2022 também foram prejudicados porque, como os consumidores passaram mais tempo em casa no ano anterior, em razão das medidas de controle da pandemia de covid-19, direcionaram mais gastos para produtos de entretenimento naquele período.

Ainda sobre a queda nas vendas, a consultoria ressalta que as vendas de 2021 foram impulsionadas pelos óculos Meta Quest 2, da controladora de Facebook e Instagram.

“À medida que o Quest 2 se aproximava de seu aniversário de dois anos e as economias globais se abriam, os gastos de consumidores e empresas se afastaram dos headsets de AR e VR, levando ao declínio em 2022”, afirma, em nota, a IDC.

Apesar da desaceleração, o mercado foi liderado por produtos da Meta no ano passado, responsáveis por quase 80% das vendas. Em segundo lugar, com 10% de participação, aparecem os produtos da linha Pico, da ByteDance. A empresa chinesa aumentou o seu portfólio e se concentrou em mercados nos quais a Meta estava ausente ou era uma marca pouco conhecida.

Em seguida, em número de vendas, destacam-se no mercado DPVR, HTC e iQIYI. O levantamento da IDC também mostra que, apesar de ocupar a sexta posição no geral, a Nreal lidera o segmento de AR, tendo despachando quase 100 mil unidades em 2022.

“Enquanto a Meta e a ByteDance brigam no segmento de VR, a Nreal conseguiu aumentar lentamente sua presença atraindo os jogadores móveis”, disse, em nota, Jitesh Ubrani, gerente de pesquisa da IDC. “Embora ainda seja cedo para AR e VR, a Meta foi capaz de construir um fosso para si mesma por meio de seus vários conteúdos próprios e de terceiros”, acrescenta.

Por fim, a consultoria indica que outras fabricantes, como Sony e Apple, ainda podem concorrer de forma significativa no mercado de AR e VR. Além disso, dispositivos de realidade mista, que alternam entre realidade aumentada e virtual, são apostas para um futuro não tão próximo, dada a ainda baixa penetração de óculos que comportam as tecnologias de forma individual.

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