Risco de ataques faz investimento em segurança cibernética crescer no Brasil

Com um planeta cada vez mais digitalizado e conectado, a exposição ao risco de ataques cibernéticos torna-se elevada. Em entrevista à Jovem Pan News, Claudinei Elias, que é especialista em governança e gestão de riscos corporativos, declarou que ninguém está livre de ofensivas e que durante a pandemia o problema foi agravado: “Nós passamos nos últimos 24 meses, e você deve saber bem disso, por inúmeros ataques cibernéticos. A pandemia trouxe muito essa questão. Este assunto veio muito mais à tona do que vinha antes. Grande companhias passaram por vários ataques cibernéticos gigantes que aconteceram, com enormes impactos. A gente vem observando que esses ataques não tem se limitado a empresas. Eles têm pegado, inclusive, governos e a gente tem observado que essa exposição de dados é enorme. O mundo, e aqui no Brasil não é diferente, vem levando as companhias a prestarem mais atenção”. Ele aconselha que, por precaução, o melhor a fazer é efetuar investimentos em segurança cibernética.

“Não é da noite para o dia. A questão da segurança cibernética é construída tijolinho a tijolinho. Aí você vai ter um grau de proteção maior. Independente do grau de proteção que você tenha e por mais investimentos que você faça, dificilmente você vai estar 100% protegido. Não existe eliminação de risco e isso tem que ficar muito claro. Logo, como eu faço se isso acontecer? Uma das questões primárias que a gente observa no mercado, e isso tem faltado muito, são coisas básicas como, por exemplo, não ter um bom backup e não saber como recupera e volta a um estado anterior após um incidente grande de segurança cibernética”, alerta Claudinei. Até 2025, haverá 3,5 milhões de empregos em segurança cibernética disponíveis globalmente, representando um acréscimo de 350% em um período de 8 anos, conforme um levantamento da Cybersecurity Ventures.

A demanda por profissionais que cuidam de segurança cibernética tem sido mais acentuada e esses colaboradores passaram de coadjuvantes a protagonistas. Para as empresas, o desafio é criar estratégias para reter esses trabalhadores qualificados. “Em qualquer área de conhecimento humano, bons profissionais são sempre requisitados. Na indústria de tecnologia esse movimento é ainda maior. Existe um mercado voraz e super competitivo de aquisição de talentos. Toda vez que você tem um bom talento, seja em qualquer área, e não é diferente na tecnologia, mas na tecnologia ainda mais porque leva tempo para você desenvolver esse profissional, esse profissional é muito acessado. Hoje, a própria tecnologia, com as redes sociais e redes profissionais, ajuda a acessar esse profissional de uma forma direta”, avalia Claudinei Elias.

*Com informações do repórter Daniel Lian