Hora H do Agro destaca risco de mais impostos, perda de soberania para ONGs, crise na Argentina e leite
O programa Hora H do Agro deste sábado, 4, analisou as perspectivas para o Brasil após o presidente Lula dizer que dificilmente o governo irá conseguir zerar o déficit fiscal em 2024, como ele próprio havia se comprometido. O aumento do risco fiscal fez o mercado reagir, com o dólar e juros subindo, e revela um possível apetite por mais impostos. Especialistas não descartam a possibilidade de o agronegócio pagar essa conta com mais tributos. A escassez de combustíveis na Argentina e as filas que os residentes do país estão enfrentando também estiveram em destaque. A situação acontece a algumas semanas do segundo turno das eleições presidenciais e em pleno plantio do milho e girassol, quando os agricultores mais necessitam de diesel para utilização nas máquinas agrícolas. Também estiveram em debate a queda expressiva do preço do leite pago ao produtor, que já registra recuo de 31% em um ano, e a denúncia do ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-relator do Código Florestal, Aldo Rebelo, sobre a atuação das ONGs no Brasil. Segundo ele, as ONGs atuam como um Estado paralelo que governam a Amazônia e por conta disso, o Brasil está em processo de renúncia da soberania para essas entidades.
Aumento do risco fiscal aumenta apetite por mais impostos
A percepção de risco fiscal no Brasil aumentou nesta semana após o presidente Lula afirmar que dificilmente o governo vai atingir a meta de zerar o déficit fiscal no próximo ano, como o prometido. Em entrevista a jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou responder sobre o tema. Para o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antonio da Luz, há grandes chances de o agronegócio ser o alvo preferencial para aumento de impostos.
Sem combustível, Argentina dá lição do que não fazer em um país
A semana foi marcada por dificuldade para os argentinos encontrarem combustíveis diante da escassez de gasolina e diesel. Vários postos amanheceram com filas quilométricas por quem buscava abastecimento e aqueles que não possuíam filas estavam fechados e sem estoque. A situação acontece a poucas semanas do segundo turno das eleições presidenciais e em pleno plantio da safra de milho e de girassol no país, momento em que a demanda por diesel aumenta. Confira a análise do comentarista da Jovem Pan, Alan Ghani.
ONGs atuam como Estado paralelo que governam a Amazônia, denuncia ex-presidente da Câmara
O Brasil está em processo de renúncia da soberania da Amazônia, foi o que afirmou o ex-presidente da Câmara e ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, ao programa Hora H do Agro deste sábado, 4. Rebelo, que também foi relator do Código Florestal, esteve durante os quatro primeiros meses do ano na Amazônia para realizar pesquisas para seu próximo livro e estudar a atuação de Organizações Não Governamentais (ONGs) na região. Ele denuncia a atuação dessas entidades, que afirma que possuem interesses comerciais dos concorrentes do Brasil, como Estados Unidos e Europa. Confira a entrevista completa!
Fundo do poço? Preço do leite ao produtor cai 31% em um ano
O preço do leite pago ao produtor rural registrou a quinta queda seguida. Dados do Cepea revelam que em setembro, o valor médio no Brasil foi de R$ 2,05, uma queda de 9% em relação a agosto. Na comparação anual, o produtor de leite está recebendo 31,5% menos que no mesmo período de 2022. O Estado que atualmente tem o menor preço pago ao produtor é Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, com uma média de R$ 1,92 por litro. Confira a análise do técnico da comissão de pecuária de leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Guilherme Dias.