Rússia é atacada pelo segundo dia consecutivo e obriga Putin a rever segurança interna

Pelo segundo dia seguido, a Rússia foi atacada e culpa a Ucrânia pelos atentados. Na madrugada desta terça-feira, 6, um aeródromo russo foi incendiado por um ataque de drone perto de Kursk, a 175 km da fronteira ucraniana. Segundo uma declaração do governador Roman Strarovoit, feita no Telegram, não houve vítimas e o fogo é localizado. Autoridades da cidade russa disseram que um tanque de armazenamento de óleo foi incendiado e que o ataque acontece na base aérea de Khalino, de onde partem os caças para ação na Ucrânia. Esse é o terceiro ataque em dois dias. Na segunda-feira, duas explosões atingiram bases de bombardeios nucleares e deixou pelo menos três mortos e seis feridos. Diante desses ataques, o líder russo, Vladimir Putin, convocou seu Conselho de Segurança para discutir a “segurança interna” de seu país com autoridades da Defesa, acrescentou o Kremlin. O objetivo foi definir as medidas necessárias para lidar com os últimos ataques, que segundo a Presidência russa, partiram da Ucrânia. 

Kiev não reivindicou diretamente a responsabilidade pelos ataques, mas os comemorou. Por meio de uma publicação, Mykhailo Podoliak, um conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, deu a entender que a autoria seria ucraniana ao escrever em seu Twitter que  “a Terra é redonda, descoberta de Galileu. No Kremlin não estudaram astronomia e deram preferência aos astrólogos. Se assim fosse, eles saberiam: se algo for lançado no espaço aéreo de outros países, mais cedo ou mais tarde objetos voadores desconhecidos retornarão ao ponto de partida”. Os ataques com drones seguiram-se a uma onda de bombardeios russos às instalações de energia da Ucrânia, que causaram apagões em todo o país, coincidindo com as primeiras nevascas. A Rússia voltou a bombardear essas infraestruturas interrompendo o fornecimento de eletricidade e de água em cidades por toda a Ucrânia.

 

*Com informações da AFP e Reuters