São Paulo confirma primeiro caso de gripe aviária em 2025

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo confirmou o primeiro caso de gripe aviária no estado em 2025. A infecção foi detectada em uma marreca-caneleira, ave silvestre encontrada na região central de Diadema, na Grande São Paulo. Segundo o governo estadual, o caso é isolado, não representa risco à população e não afeta a produção ou exportação de carne de aves e ovos. O diagnóstico foi confirmado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP).
A ave apresentava sinais clínicos como dificuldade para voar, letargia e alterações respiratórias e neurológicas, e não reagia à presença humana. A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) realizou a coleta de amostras para exame. Em 2025, São Paulo já havia recebido 37 notificações suspeitas da doença, mas este foi o primeiro caso confirmado no ano. Em 2024, houve apenas um foco. Já em 2023, foram registrados 53 casos, todos também em aves silvestres.
O primeiro registro da gripe aviária em granjas comerciais no Brasil ocorreu em 15 de maio deste ano, em Montenegro (RS). A confirmação levou cerca de 20 países, como China, México e África do Sul, a suspenderem temporariamente a importação de carne de frango brasileira.
Por se tratar de uma ave silvestre, não há alteração no status sanitário do estado ou do país perante a Organização Mundial de Saúde Animal, e não há impactos nas exportações. A Secretaria de Agricultura reforça que o consumo de carne de aves e ovos segue seguro. Segundo a CDA, não há granjas comerciais num raio de 10 quilômetros do local onde o caso foi detectado.
Equipes farão ações de vigilância na região para identificar eventuais aves mortas ou com sintomas da doença. Moradores serão orientados a comunicar qualquer sinal suspeito. A Defesa Agropecuária mantém contato com a Secretaria da Saúde, Secretaria do Meio Ambiente, zoológicos e ONGs para ações conjuntas de prevenção.
A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de frango ou ovos. A infecção humana ocorre principalmente pelo contato direto com aves doentes ou mortas. Por isso, a recomendação é não tocar em aves com sintomas e, se necessário, utilizar equipamentos de proteção como luvas e máscaras. Até o momento, não há registros da doença em humanos no estado.
A Secretaria da Agricultura elaborou um plano de contingência para lidar com possíveis casos em pessoas, e está monitorando todos os envolvidos na notificação em Diadema. Suspeitas da doença ou aves mortas devem ser comunicadas imediatamente à Defesa Agropecuária. Os endereços das unidades estão disponíveis no site do governo do estado.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Felipe Dantas