Novas pesquisas preveem impactos positivos e negativos da IA no consumo de energia

A imagem apresenta uma paisagem tecnológica futurista com um ambiente urbano digitalizado. A cena é composta por linhas luminosas, fachadas e estruturas translúcidas que remetem a prédios e infraestrutura de uma cidade inteligente. A paleta de cores predominantemente azul, com toques de luzes alaranjadas, cria uma sensação de modernidade e dinamismo. No centro da imagem, uma luz intensa parece indicar um ponto de convergência ou inovação, sugerindo temas relacionados à tecnologia avançada, conectividade e transformação digital no setor energético ou urbano (consumo energia)

A inteligência artificial pode aumentar a eficiência e reduzir o consumo de energia de sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado (HVAC), reduzindo o impacto ambiental de construções e edifícios mundo afora. No entanto, também é sabido que a própria IA é uma grande consumidora de energia e pode impactar o mercado global de geração de diferentes maneiras.

As duas conclusões fazem parte de estudos divulgados recentemente pela fabricante Schneider Electric, especialista em gestão de energia e automação. Ambos foram desenvolvidos pelo Sustainability Research Institute (SRI), e buscam investigar questões relacionadas ao impacto da inteligência artificial na sustentabilidade, com ênfase em consumo energético.

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O primeiro estudo, chamado de Artificial Intelligence and Electricity: A System Dynamics Approach, analisa quatro possíveis cenários para o uso de eletricidade pela IA na próxima década. Foi escrito por Rémi Paccou, diretor do SRI, e Fons Wijnhoven, professor associado da Universidade de Twente.

Eles produziram um modelo de dinâmica de sistemas que prevê cenários diversos para a demanda elétrica pela IA, assim como realça estratégias e políticas para uma evolução sustentável da IA, mitigando implicações ambientais. Os autores elaboraram quatro cenários de criação da IA e resultados no consumo de eletricidade.

Segundo a empresa, não se trata de previsões, mas de ferramentas para compreender desde o desenvolvimento sustentável da IA até limites de crescimento, incluindo cenários mais radicais, como crises energéticas causadas pela IA. Além das previsões e análises, o relatório oferece recomendações para formuladores de políticas e tomadores de decisão, promovendo o equilíbrio entre progresso e sustentabilidade.

Prédios sustentáveis

O segundo documento, AI-Powered HVAC in Educational Buildings: A Net Digital Impact Use Case, elaborado por Paccou e Gauthier Roussilhe, pesquisador associado e doutorando na RMIT, mostram que sistemas HVAC com IA podem aumentar a eficiência energética e a conservação ambiental em edifícios. Os sistemas HVAC são responsáveis por 35% a 65% do consumo total de eletricidade de um prédio.

A pesquisa examinou mais de 87 propriedades educacionais em Estocolmo, na Suécia, durante um período prolongado em condições reais. Entre 2019 e 2023, foi observada uma redução total de emissões de carbono de 65 toneladas de CO2 equivalente (CO2e) por ano – aproximadamente 60 vezes o efeito de carbono incorporado do sistema de IA implementado.

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