Senado calcula que prejuízos por vandalismo devem custar entre R$ 3 mi e R$ 4 mi

A limpeza e organização do Senado Federal foi acelerada para garantir que os parlamentares consigam ocupar o ambiente. Carrinhos de mão circularam durante toda a segunda-feira, 9, levando cacos de vidros que foram quebrados pelos vândalos durante a invasão do Congresso Nacional. Os peritos do laboratório de restauração e conservação de bens culturais do museu do Senado começaram a analisar os prejuízos. Segundo a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, as reformas devem custar entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões. “A gente tem uma estimativa entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões. Todos vocês que conhecem o Senado Federal e transitam pelo salão azul vão ver que parece um pântano. O tapete foi completamente danificado. Vamos ter que fazer a troca desse tapete. Isso é algo que, além de ter o seu valor físico, há uma questão logística. Além disso, nós temos a posse dos novos senadores no dia 1º de fevereiro. Além disso, vocês também são testemunhas de que tivemos muitos, mas muitos vidros quebrados”, relatou.

A expectativa é de que os parlamentares se reúnam em uma sessão do Senado nesta terça-feira, 10, para analisar o decreto presidencial de intervenção federal na segurança do Distrito Federal. Segundo a Constituição, depois que a intervenção é decretada pelo presidente da República, a medida deve ser analisada pelo Congresso Nacional. Para ser referendado, o decreto precisa ser aprovado na Câmara e no Senado em votações separadas e por maioria simples dos votos. Os senadores também pretendem pautar na mesma sessão a análise dos vetos à lei do estado democrático de direito, principalmente os pontos que tratam de crimes políticos e criminalização das fake news. A lei foi sancionada no ano passado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com cinco vetos. Bolsonaro vetou, por exemplo, o trecho que aumentava em 50% o tempo de condenação de militares em casos de crimes que atentem contra o estado democrático de direito e que previa a perda de patente ou graduação.

O Senador Marcos Do Val (Pode-ES), que é especialista em segurança pública, argumenta que os invasores conheciam o local e que foram treinados para o momento. “Na avaliação que eu eu fiz no estudo dos vídeos, ficou muito claro que houve um treinamento específico para fazer essas invasões. Esse modus operandi foi inédito, nunca houve treinamento nesse sentido na área, não tenho dúvida que é alguém com especialidade que passou essa forma de fazer. E foi repetido ao mesmo tempo nas três casas”, opina.

*Com informações da repórter Iasmin Costa