Senador diz que não se arrepende de dizer que queria ‘enforcar’ Marina, e ministra responde: ‘Só psicopatas são capazes’

O senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, declarou que não se arrepende de sua sugestão de “enforcar” a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A polêmica surgiu durante uma sessão no Senado, onde o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, do União, pediu uma retratação do parlamentar. Valério defendeu que sua afirmação foi uma piada e afirmou não se sentir culpado, embora tenha admitido que o momento foi inadequado. “Todo mundo riu, foi uma brincadeira. Se você perguntar se faria de novo? Não. Me arrependo? Também não. Foi uma brincadeira”, declarou. “O que me encanta é o Senado ficar sensibilizado com uma frase, mas não se sensibiliza com milhares e mortos e não me ajudam a licenciar a BR-319. Vão morrer milhares e ninguém fica sensibilizado. Eu não excedi. Eu brinquei, talvez fora da hora”, acrescentou.

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A controvérsia teve início em um evento realizado no Amazonas, onde Valério expressou sua insatisfação com a dificuldade de ouvir Marina durante uma audiência no Congresso. A fala do senador foi considerada por Alcolumbre como imprópria e agressiva, levando-o a exigir uma explicação do colega. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, manifestou sua indignação em relação a uma declaração feita pelo senador Plínio Valério, do PSDB, que incitou a violência contra ela durante um evento realizado no Amazonas.

Marina criticou a atitude do político, enfatizando que a violência não deve ser uma resposta às divergências políticas. “Quem brinca com a vida dos outros ou faz ameaça de brincadeira e rindo? Só os psicopatas são capazes de fazer isso”, disse a ministra. “Dificilmente isso seria dito se o debate fosse com um homem. É dito porque é com uma mulher preta, de origem humilde e uma mulher que tem uma agenda que em muitos momentos confronta os interesses de alguns”, declarou Marina.

Em sua fala, ela destacou que comentários misóginos, como o de Valério, que afirmou “imagine o que é tolerar a Marina seis horas e dez minutos sem enforcá-la”, revelam uma cultura de desrespeito que não ocorreria se o debate fosse travado com um homem. Essa observação evidencia a desigualdade de gênero presente na política. Ela fez questão de ressaltar que a violência política de gênero não afeta apenas mulheres em posições de destaque, mas tem um impacto mais amplo, atingindo todas as mulheres. Ela defendeu que é fundamental combater esse tipo de violência para garantir um ambiente político mais saudável e respeitoso.

Publicado por Sarah Paula

*Reportagem produzida com auxílio de IA