Sírio-Libanês usa IA para mapear risco de câncer de mama em mulheres
O Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo (SP), está usando inteligência artificial para ajudar suas pacientes e prevenirem o câncer de mama. A CareGaps Mama, plataforma tecnológica adotada pela instituição hospitalar, alerta pacientes por mensagem de celular, lembrando de marcar consultas e, caso necessário, realizar exames.
As pacientes que recebem o alerta são as que tiveram alguma alteração nos exames de imagem. Segundo o Sírio-Libanês, o serviço é personalizado e utiliza o banco de dados de pacientes para selecionar mulheres que anteriormente fizeram exames, como mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética, e faz o contato de acordo com sua condição clínica.
De fevereiro a junho de 2024, foram enviadas mensagens para 927 pacientes que não haviam retornado para fazer o acompanhamento anual recomendado. Foi utilizada a base de 2.988 pacientes identificadas com BI RADS 3, ou seja, que apresentaram nódulos provavelmente benignos.
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“Estamos utilizando a tecnologia para nos auxiliar no cuidado com as nossas pacientes em todo o processo de diagnóstico”, afirma Marina Sahade, oncologista especialista em mama e vice-diretora clínica do hospital. “Os resultados até agora são muito animadores, pois geraram um aumento de 98% nas chances de fechamento do ciclo de acompanhamento dessas pacientes.”
Para a especialista, o sistema demonstra que há oportunidade para melhorar a eficácia do rastreamento de câncer de mama. O sistema foi desenvolvido pelos times clínicos e de inovação em ciências de dados (DataLab) do Sírio-Libanês.
Segundo o hospital, o Care Gaps Mama também está criando uma base de informações para futuras pesquisas e publicações científicas. O projeto foi desenvolvido para ser escalável, com possibilidades de engajamento automatizado com as pacientes via WhatsApp ou o aplicativo do Portal do Paciente.
“Queremos que o Care Gaps Mama não apenas seja uma ferramenta de rastreamento, mas um diferencial de serviço aos especialistas que acompanham as pacientes, ajudando-os a salvar vidas”, diz Marina.
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