Sonda investe US$ 2 milhões em novo Centro de Operações Integradas no Brasil

Imagem do novo Centro de Operações Integradas (COI) da Sonda no Brasil. A sala apresenta uma equipe de profissionais monitorando diversos sistemas em múltiplos monitores. No fundo, grandes painéis exibem gráficos, mapas e indicadores de desempenho. O ambiente é moderno e tecnológico, com iluminação focada

A Sonda, multinacional chilena de soluções de transformação digital, inaugurou nesta quinta-feira (6) um novo Centro de Operações Integradas (COI) no Brasil, localizado em seu escritório central, em São Paulo. O espaço é o primeiro do tipo implementado pela empresa na América Latina e representa uma expansão de sua divisão de Digital Communications.

A divisão foi lançada no início de 2024 pela organização, fruto do sucesso do projeto Infovia Digital, no Mato Grosso do Sul, e, agora, será escalada para o restante da região. O Chile já estruturou sua estratégia de Digital Communications neste ano, enquanto Colômbia, México e Argentina devem fazê-lo a partir de 2025.

De acordo com a organização, o centro permitirá uma oferta integrada do ciclo de gerenciamento de TIC, com atuação baseada em quatro pilares: conectividade, infraestrutura, serviços gerenciados e serviços digitais. Na prática, isso inclui desde a gestão de infraestrutura, como LAN, SD-LAN, WLAN, Firewall e IoT; conectividade por fibra, redes móveis, satélites ou rádio; até serviços de observabilidade, gestão de incidentes e monitoramento de redes. Além disso, contempla a camada de serviços digitais, incluindo inteligência artificial (IA), aprendizado de máquina, analytics e mais.

“A ideia é que a Sonda possa ser um parceiro em todo o ecossistema de comunicação de uma empresa”, explica Germano Vieira, vice-presidente de Digital Communications da companhia. “Entendemos que a conectividade em si é uma commodity. Nós gerenciamos os serviços de conectividade e integramos soluções sobre a estrutura de conexão.”

O investimento total previsto para o COI é de US$ 2 milhões nos próximos dois anos. A Sonda espera um retorno de US$ 5 milhões ao longo dos próximos três anos.

Um dos focos do COI é apoiar a Infovia Digital, integrando 1,6 mil unidades administrativas do projeto sob uma estrutura de monitoramento e gestão centralizada, incluindo escolas e hospitais. Para isso, o espaço será integrado às operações da Sonda no Mato Grosso do Sul, ao seu data center de Belo Horizonte e às áreas operacionais (SOC e NOC) de outros países. O COI de São Paulo também terá o papel de redundância da estrutura da Infovia, funcionando como ponto de recuperação de disaster recovery.

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Além da Infovia Digital, que opera no modelo de Parceria Público-Privada (PPP), a estrutura também visa atender outros setores-chave do mercado privado nos quais a Sonda atua. Isso porque a divisão de Digital Communications atravessa todas as outras nove divisões verticais da empresa, que incluem áreas como setor financeiro, saúde, varejo, multi-indústrias e outras.

A expectativa da Sonda é que a divisão de Digital Communications represente, no mínimo, 10% de seu faturamento global até 2026.

Para Ricardo Scheffer, CEO da Sonda Brasil, o investimento no COI é estratégico, especialmente para apoiar o avanço de projetos como nuvem e inteligência artificial junto aos clientes. “É difícil falar desses temas sem pensar em segurança, monitoramento e observabilidade. É preciso uma infraestrutura robusta e segura para suportar essas demandas”, afirmou. “É fundamental que essa estrutura exista para entregar, de maneira sustentável, serviços aos clientes.”

Germano Vieira aponta que a unidade de Digital Communications implementou, ao longo de 2024, todos os planos operacionais e comerciais previstos pela Sonda, incluindo a construção da equipe e a entrega do próprio COI. Do ponto de vista comercial, o portfólio de produtos foi estruturado, e os primeiros contatos com clientes já estão em andamento.

“A organização percebe que o potencial do mercado de Digital Communications é muito promissor, até mais do que imaginávamos. Em termos de receita, estamos iniciando as operações agora, mas o plano de prospecção está bem avançado, e temos um volume significativo de negociações com clientes, tanto no Brasil quanto no Chile. Acreditamos que, efetivamente, o processo comercial deve decolar a partir de 2025”, concluiu.

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