Startups brasileiras tinham mais US$ 10 mi no Silicon Valley Bank

Startups brasileiras estão entre os clientes que se saíram prejudicados com o colapso do SVB (Silicon Valley Bank). De acordo com a reportagem da Bloomberg, há fundadores brasileiros com mais de U$ 10 milhões no banco, e que não receberam os fundos depois de terem pedido a transferência dos valores.

O SVB era o principal banco para startups nos Estados Unidos. Muitos dos recursos de fundos de venture capital do Vale do Silício estavam alocados lá. E, segundo levantamento da Bloomberg Línea, 90% das startups brasileiras com operação offshore tinham recursos no banco.

Na última sexta-feira (10), o Departamento de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia fechou o SVB e assumiu a operação da matriz e todas as filiais do banco, após uma corrida bancária das empresas para sacar seus recursos, o que culminou com a crise.

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Nos EUA, o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) atua como o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Aqueles que tinham dinheiro no SVB devem receber o limite assegurado de até US$ 250 mil nesta segunda-feira (13). O FDIC informou que aqueles que possuem montantes superiores receberão um certificado de liquidação pelo valor restante a ser recebido.

No entanto, há ainda incertezas. A Bloomberg relata que pessoas familiarizadas com o assunto disseram que esperam que o SVB seja comprado por algum outro banco, o que resolveria o pagamento a outros clientes. A venda dos ativos do banco compensaria de alguma forma o caixa. Porém não há ainda perspectivas para quando ou como isso será feito.

Impacto no Brasil

A quebra do SVB, de forma geral, impacta o ecossistema de startups. Ela pode fragilizar ainda mais o ambiente econômico para as startups, incluindo aquelas em operação no Brasil.

No Brasil, os investimentos em venture capital caíram em 2022. Em 2021, segundo dados do Distrito, as startups brasileiras de late stage captaram US$ 5,8 bilhões. Em 2022, esse valor caiu para US$ 1,5 bilhão.

* com informações do Bloomberg Línea