Tensão marca julgamento de torcedora palmeirense morta perto do estádio do clube

Após quase dois anos da morte da torcedora Gabriela Anelli no entorno do estádio Allianz Parque, em São Paulo, o julgamento está sendo realizado no Fórum da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista. Esta terça-feira (20) é o segundo dia do Tribunal do Juri que julga a atitude de Jonathan Messias Santos da Silva, apontado como o responsável de ter arremessado a garrafa de vidro contra a torcida do Palmeiras que atingiu a jovem. Tudo aconteceu no dia 8 de julho de 2023, durante uma briga antes da partida do Campeonato Brasileiro entre o clube Alvi Verde e Flamengo. As investigações da Polícia Civil de São Paulo apontam por meio de imagens que Jonathan arremessou a garrafa de vidro atingindo o pescoço de Gabriella que chegou a ser socorrida, mas morreu dois dias depois no hospital com hemorragia.

No primeiro dia de julgamento, oito testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas. Pelo que a Coluna apurou, os defensores do indiciado contrataram uma perícia própria na tentativa de demonstrar que não tem como identificar qual seria o estilhaço que atingiu Gabriella. Para o advogado de acusação, Pedro Gurek, não há dúvidas que Jonathan foi o responsável pelo crime. “Isso ficou claro para os jurados que compreenderam essa questão. As imagens falam mais do que palavras”, afirmou ele.

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A Coluna também conversou nesta manhã com o pai da jovem, Ettore Marchiano Neto. Atualmente ele mora em Curitiba-PR, mas veio a São Paulo para acompanhar de perto o julgamento. “Tem sido bem difícil ficar de frente com a pessoa que tirou a vida da minha filha. Mas acredito que a justiça será feita”, expressou ele.Para o pai da vítima, já está mais que provado que o Jhonatan foi responsável pela morte. “Isso não vai trazer a nossa filha de volta, mas vai trazer um pouco de paz, pelo menos nessa parte que a gente vê muitos casos que acabam passando impunes”. Jonathan foi indiciado pela polícia por homicídio doloso na modalidade de dolo eventual por motivo fútil. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) aceitou a denúncia do Ministério Público, tornando-o réu. Se acusado, a pena varia entre 12 e 30 anos de reclusão.