Testes no RN indicam uso do 5G FWA para conectar escolas rurais

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Uma prova de conceito conduzida pelo Ministério das Comunicações (MCom) em três escolas públicas do Rio Grande do Norte demonstrou a viabilidade do uso da tecnologia 5G FWA (acesso fixo sem fio) para fornecer internet de alta velocidade em áreas rurais. O projeto contou com a participação do CPQD, da operadora Brisanet, e das empresas Qualcomm, Intelbras e Beenoculus.

A iniciativa teve como objetivo principal verificar se o 5G FWA, com equipamentos instalados externamente às escolas (outdoor), seria capaz de atender de forma satisfatória às necessidades de ensino online em localidades remotas, onde a infraestrutura de fibra óptica não chega. A experiência foi realizada nas cidades de Venha Ver, Coronel João Pessoa e Encanto, todas no interior potiguar.

As escolas foram escolhidas com base na distância em relação às estações radiobase (ERBs) da Brisanet, variando de 1,6 km a 4,7 km. Foram utilizados terminais 5G FWA outdoor da Intelbras para captar o sinal e redistribuí-lo por rede Wi-Fi aos dispositivos dos alunos. Inicialmente, os testes usaram a faixa de 2,3 a 2,4 GHz (50 MHz de largura), e posteriormente a faixa de 3,5 a 3,8 GHz (100 MHz), que apresentou maior capacidade de vazão.

Desempenho

Segundo o CPQD, a velocidade média por aluno registrada no turno de maior movimento superou a meta de 1 Mbps definida pelo programa federal Escolas Conectadas. Em Venha Ver, com 19 alunos no turno noturno, a média foi de 39,68 Mbps por pessoa. Coronel João Pessoa, com 46 alunos, registrou média de 16,2 Mbps, e Encanto, com 40 alunos, atingiu 19 Mbps.

“O resultado desse piloto mostra que o 5G FWA pode ser uma alternativa rápida e viável, complementando a fibra óptica e a conexão satelital”, declarou o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho. O governo federal tem por meta, até o fim de 2026, conectar ou melhorar a conexão das 138 mil escolas públicas da educação básica no país.

Características

A infraestrutura foi instalada em novembro de 2024, e o uso foi monitorado por cinco semanas. Gustavo Correa Lima, gerente do CPQD, destacou que “a tecnologia FWA é uma alternativa estratégica para atender a demanda por conectividade, uma vez que pode ser implantada rapidamente e com custo reduzido em relação às soluções tradicionais”.

Em outra prova de conceito realizada no ano passado, no Distrito Federal, o foco foi avaliar a utilização de 5G FWA em ambiente indoor em escolas públicas localizadas em áreas urbanas e populosas. Conduzidos pelo Ministério das Comunicações e o governo do Distrito Federal em parceria com o CPQD, Intelbras e as operadoras Claro e TIM, os testes contaram com a participação de seis escolas, com 2.456 alunos no total. Em uma das unidades escolares, foram registradas velocidades de até 945 Mbps, de acordo com o relatório do CPQD – o que revela o potencial da tecnologia 5G FWA como solução de conectividade complementar às já existentes, como fibra óptica e satélite. (Com assessoria de imprensa)

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