TIC e indústria química lideram investimentos em inovação sob a Lei do Bem
Os setores de tecnologia da informação (com R$ 285 milhões) e indústria química (R$ 211 milhões) lideram a lista dos que mais usaram recursos beneficiados pela Lei do Bem para pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil nos últimos anos. A lei promulgada em 2005 criou a concessão de incentivos fiscais às pessoas jurídicas que fazem PD&I no País.
Os dados fazem parte da versão mais recente de um estudo – o Panorama da Lei do Bem 2024 – realizado pelo GT Group e divulgado recentemente. O relatório investiga como a legislação tem estimulado a inovação no país e é baseado em dados recentes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
“A Lei do Bem tem sido essencial para o crescimento do setor de TI no Brasil, permitindo que as empresas desenvolvam novas tecnologias e melhorem suas operações. Esse investimento deixa claro a importância da inovação tecnológica para a competitividade do País”, diz em comunicado Fabrizio Gammino, sócio-fundador do GT Group.
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A indústria química também se destacou em razão do valor expressivo empregado na inovação de empresas, processos e produtos. “O setor químico é fundamental para o desenvolvimento de diversas indústrias no Brasil”, comenta Gammino.
Outro setor que mostrou crescimento foi o de seguros, que avançou duas posições no ranking de investimentos e alcançou o terceiro lugar.
IA e automação emergentes
Segundo o sócio-fundador do GT Group, há no Brasil um movimento crescente de digitalização e uso de tecnologias emergentes, incluindo inteligência artificial e automação industrial. E que projetos em gestão, dados, transformação digital e segurança são temas em evidência nos projetos submetidos à Lei do Bem.
“Automação, otimização, inteligência artificial e qualidade indicam a busca por formas de modernização e digitalização próprias a cada negócio. A melhoria aparece frequentemente, podendo estar relacionada tanto a produtos quanto a processos”, diz.
No setor industrial, a melhoria da qualidade de produtos e da produtividade de processos foram frequentes em projetos. Há grande interesse das empresas do setor na automação de fábricas e na otimização de operações. Na área da saúde, os projetos se concentraram em desenvolvimento de tratamentos e medicamentos. Em empresas de tecnologia, gestão, digital e dados foram os mais frequentes.
A maior parte dos investimentos ainda está concentrada na região Sudeste, especialmente em São Paulo, estado que, sozinho, representou 42% das empresas beneficiadas. As regiões Sudeste e Sul juntas concentraram 89% do total investido em PD&I.
No entanto, a região Centro-Oeste mostrou o maior crescimento percentual no número de empresas beneficiadas, com um aumento de 27%.
“A concentração dos investimentos na região Sudeste é um reflexo da infraestrutura e do ecossistema de inovação mais desenvolvido nesta área. Porém, observamos tendências promissoras em outras regiões, especialmente no Centro-Oeste, que está começando a aproveitar os benefícios da Lei do Bem para impulsionar a inovação”, diz Gammino.
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