Tivit investe R$ 12 milhões em novo centro de cibersegurança em São Paulo

Imagem de um Centro de Operações de Segurança (SOC) da empresa Tivit, com vários profissionais concentrados em suas estações de trabalho, todos voltados para grandes painéis de monitoramento na parede. Os painéis exibem dashboards com gráficos, indicadores de segurança cibernética, tráfego de e-mails, vulnerabilidades detectadas e resultados de compliance. A imagem transmite um ambiente de vigilância tecnológica intensa, voltado à proteção de dados e gerenciamento de ameaças digitais. (Cibersegurança)

A Tivit, multinacional brasileira de tecnologia, inaugurou nesta segunda-feira (19) um novo Centro de Operações de Cibersegurança (SOC) em São Paulo. Com investimento de R$ 12 milhões, o centro tem como objetivo apoiar os clientes da companhia na gestão de cibersegurança em um cenário cada vez mais complexo de ameaças.

“Quando as empresas passam a ter múltiplas plataformas, é necessária uma cobertura muito proativa de cibersegurança. A complexidade dos ataques e dos ambientes está aumentando. Isso contribui para a demanda por uma estrutura mais profissionalizada”, disse Paulo Freitas, presidente e CEO da Tivit, em conversa com o IT Forum.

O SOC atua como parte da operação da Tivit Defense, plataforma integrada de segurança lançada pela empresa em 2021. Desde sua chegada ao mercado, a solução tem conquistado uma participação relevante no negócio da companhia, com um crescimento de receita de 8,3 vezes nos últimos anos. Atualmente, a Tivit conta com 350 profissionais dedicados ao segmento.

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Os serviços do centro e da unidade Tivit Defense se baseiam nos pilares de prevenção, detecção e resposta. Entre as ofertas disponibilizadas aos clientes estão testes de penetração, desenvolvimento de software seguro, gestão de riscos, adequação à LGPD, consultoria em cibersegurança, serviços de identidade, resposta a incidentes, análise forense, entre outros.

Segundo Thiago Tanaka, diretor de Cibersegurança da Tivit, o SOC conta com uma combinação de tecnologias avançadas de inteligência artificial, integrando soluções de fabricantes parceiros com IAs proprietárias. Essa integração permite automações em respostas a incidentes, por exemplo. Atualmente, cerca de 60% das atividades do Nível 1 já são automatizadas, otimizando o trabalho dos analistas.

Além da automação operacional, o foco também está na evolução da automação estratégica, voltada à inteligência cibernética – não apenas para executar ações, mas para entender a origem das ameaças, eliminar vulnerabilidades e prevenir reincidências.

Crescimento em ciber no Brasil e além

De acordo com Freitas, a operação do SOC deve contribuir significativamente para a unidade de segurança da Tivit, especialmente ao enfrentar o baixo nível de maturidade em cibersegurança de muitas empresas brasileiras. A estrutura permitirá à companhia atender clientes que, muitas vezes, não possuem recursos ou equipe suficiente para implementar uma infraestrutura adequada – o que representa uma grande oportunidade de expansão.

O espaço também deverá apoiar a presença da Tivit em outras regiões da América Latina e da América do Norte. Um dos mercados-alvo é a Colômbia, onde a empresa passou de três para 100 profissionais em cibersegurança em um período de dois anos. A expectativa é que um segundo SOC seja implementado no país até o início do quarto trimestre do ano, com um investimento de até R$ 8 milhões. “O SOC será quase um irmão gêmeo deste e poderá prover serviços também para o México e América do Norte”, afirmou o CEO.

Para Tanaka, a oferta dos SOCs também deve complementar outras frentes de atuação da Tivit. “Nós, de cibersegurança, apoiamos o crescimento em outras áreas, como cloud security, digital security, banco de dados seguro e rede segura”, pontuou. “O grande diferencial da cibersegurança é que ela consegue permear tudo. Hoje não existe nenhum elemento que não necessite de segurança. Eu vejo que a cibersegurança é a unidade da Tivit que apoia todas as linhas de negócio.”

Takoda hospeda SOC em São Paulo

O novo centro da Tivit está localizado dentro de uma das duas instalações da Takoda Data Centers na capital paulista. Lançada em 2023, a Takoda é um spin-off da operação de data centers da Tivit e ainda processa transações da multinacional de tecnologia.

De acordo com Freitas, operar o SOC dentro da Takoda garante que a estrutura aproveite toda a segurança já existente no data center. A área, embora situada na Takoda, é integralmente isolada, operada e controlada pela Tivit.

Questionado sobre o possível impacto da venda da Takoda, noticiada no início deste ano por veículos especializados, Freitas confirmou que a possibilidade ainda existe, mas afirmou que isso não afeta a operação do SOC.

Segundo ele, tanto a Tivit quanto a Takoda possuem governança sólida e atuam de forma independente, garantindo a continuidade e a estabilidade das operações, independentemente de eventuais negociações. “Isso é algo que, se acontecer, não será nenhuma surpresa”, finalizou.

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