TOPdesk espera crescer mais de 30% em 2023

Atender uma chamada em um veterinário era algo que nunca tinha acontecido em minha carreira – e um pretexto perfeito para o meu entrevistado, Guilherme Morais, diretor da TOPdesk, se prontificasse a remarcar a entrevista para que eu pudesse focar no meu gato. A improvável situação foi o início de uma conversa sobre a importância, para a TOPdesk, da humanização de seus colaboradores e parceiros.

“O balanço de dez anos da empresa é muito positivo, principalmente por conta da forma que trabalhamos no Brasil e no mundo. Temos uma cultura um pouco mais descontraída e humanizada e isso está no dia a dia. Saber que conseguimos resgatar a humanidade e ter um potencial de crescimento por ano, é muito satisfatório”, confidencializa Guilherme.

O executivo, que faz parte da TOPdesk há cinco anos, assumiu a direção da companhia anos 30 anos de idade. Pergunto se ele acredita que ser jovem é um dos motivos para essa cultura. Ele diz acreditar que sim, esse é um mindset dessa geração. “A gente sabe que a geração dos nossos pais era de trabalho, onde quem manda quem deve e obedece quem tem juízo. Agora, trazemos a discussão de propósito de vida, entendemos mais do nosso papel dentro da empresa e conseguimos nos expressar.”

Ainda assim, afirma que seria hipócrita dizer que essa é a única razão, pois a TOPdesk já era assim antes dele. Esse, segundo ele, é o encontro de seus valores com o que a empresa já carrega.

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E, além disso, os números confirmam a importância do Brasil para a companhia. Hoje, ela tem 11 filiais e o Brasil é a sexta mais relevante, ainda que competindo com moedas como o euro, o dólar e a libra. “Nós já concluímos a nossa independência. Não temos dinheiro de investimento da Holanda. Por conta da realidade deles na Holanda, de serem pequenos, eles olham para cá e falam ‘nossa, isso é gigantesco. Então, as Américas estão sendo muito bem-vistas”, afirma Guilherme.

Nos últimos anos, a TOPdesk cresceu, de 2020 para 2021, 24%; de 2021 para 2022, 25%. A expectativa, para esse ano é crescer 33%. “Nós estamos com mais independência no Brasil. Temos um departamento de soluções porque, quando falamos de tecnologia no Brasil, é diferente da Europa. Algumas integrações fazem sentido aqui e não lá, como o WhatsApp. Ter essa independência demonstra que eu posso trabalhar para o meu mercado sem descaracterizar o que a empresa está entregando para o mundo”, comemora Guilheme.

Ao ser questionado sobre layoffs, o diretor afirma que as demissões não bateram à porta e que não vê uma possibilidade de isso acontecer. Na pandemia, diz ele, o CEO global disse que ninguém seria demitido por causa dela. “São nas crises que vemos o maior índice de crescimento. Por ser um mercado de service desk e trabalharmos com organização de processos, conseguimos entender e reduzir os custos com a ferramenta. Isso se torna latente quando as empresas precisam dar o próximo passo”, finaliza Guilherme.

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