Trabalhador autônomo acumula mais horas de serviço, segundo dados da Pnad Contínua

Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um panorama desafiador para os trabalhadores autônomos no Brasil. Estes profissionais, que atuam de forma independente, dedicam mais tempo às suas atividades em comparação com empregados e empregadores. Enquanto a média semanal de trabalho no país é de pouco mais de 39 horas, os autônomos trabalham, em média, 45,3 horas por semana. Apesar dessa carga horária mais extensa, o rendimento médio mensal dos autônomos é de R$ 2.682, inferior ao dos empregados, que recebem R$ 3.105, e dos empregadores, que ganham em média R$ 8.240.
O estado de São Paulo se destaca como a região com a maior carga horária para trabalhadores autônomos, com uma média de 46,9 horas semanais. Além disso, o levantamento do IBGE aponta que o desemprego atingiu o menor nível já registrado em 14 estados brasileiros no último trimestre de 2024, com algumas regiões apresentando taxas abaixo de 3%.
A economia aquecida contribuiu para uma redução na desocupação de longa duração, resultando em uma taxa de desemprego nacional de 6,6% em 2024, uma queda de 1,2 ponto percentual em relação a 2023. Outro aspecto relevante é que, em oito estados e no Distrito Federal, o salário médio dos trabalhadores superou a média nacional. No entanto, o desemprego e a informalidade ainda afetam mais as pessoas pretas e pardas do que as brancas, evidenciando uma disparidade racial no mercado de trabalho.
Publicado por Luisa Cardoso