Trump coloca IA no centro da agenda da Agência de Proteção Ambiental

Imagem de Donald Trump de terno azul-escuro e gravata vermelha em pé, ao lado de um púlpito com microfone. Ele está com uma expressão de leve sorriso e um fundo de bandeira dos Estados Unidos em destaque.

O presidente-eleito Donald Trump escolheu Lee Zeldin, ex-representante de Nova York, para comandar a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), e a inteligência artificial (IA) está no topo das prioridades. Segundo o The Verge, Zeldin prometeu, em uma postagem na rede X, ajudar a “liberar a dominação energética dos EUA” e “tornar os EUA a capital mundial da IA”.

Esse movimento levanta preocupações sobre o impacto ambiental da expansão de data centers para a IA, já que a EPA é a agência responsável por regular as emissões que contribuem para as mudanças climáticas.

Manish Bapna, presidente do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (NRDC), alerta que é possível atender à demanda por data centers sem comprometer as regras da EPA. “Contamos com a EPA para proteger a saúde pública, e isso é o que exigiremos do próximo administrador”, disse Bapna em comunicado.

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Prioridade à desregulamentação e energia para IA

Zeldin também afirmou que garantirá “decisões justas e rápidas de desregulamentação”, buscando liberar o potencial das empresas americanas. Essa posição alinha-se à agenda de desregulamentação de Trump, que, em seu primeiro mandato, reverteu mais de cem regulações ambientais, incluindo aquelas que visavam reduzir as emissões das usinas de energia.

Ambientalistas temem que o retorno de Trump ao poder possa significar um enfraquecimento das normas da EPA, especialmente as que controlam as emissões de usinas a carvão.

Data centers e o impacto no clima

Com o crescimento do uso de IA, a demanda por energia de data centers deve aumentar em 160% até 2030, segundo Goldman Sachs. Apesar das tentativas das grandes empresas de tecnologia de adotarem energias renováveis e a energia nuclear para compensar suas emissões, muitos data centers ainda dependem da eletricidade gerada por combustíveis fósseis.

A nomeação de Zeldin e o foco em desregulamentar a EPA colocam em risco a capacidade dos EUA de balancear a inovação em IA com a necessidade de proteger o meio ambiente.

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