Trump é condenado a pagar multa de R$ 25 milhões por abuso sexual

A justiça de Manhattan, Estados Unidos, considerou, nesta terça-feira, 9, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, 76  anos, culpado de abusar sexualmente da escritora e ex-jornalista E. Jean Carroll, 79 anos. Ele também foi responsabilizado por difamação e terá que pagar multa de US$ 5 milhões (cerca de R$ 25 milhões na cotação atual), por danos a vítima. Contudo, como se trata de conclusões civis e não criminais, o Trump não foi condenado por nenhum crime e não enfrenta pena de prisão. O júri, composto por seis homens e três mulheres, determinou que Carroll havia sido abusada sexualmente, mas não foi estuprada. Nos Estados Unidos, abuso sexual é quando alguém é submetido a contato sexual sem seu consentimento. Ela foi a primeira que teve sucesso em suas alegações contra o ex-mandatário. Outras mulheres também o acusam de má conduta sexual. Trump reagiu à condenação e tachou de ‘vergonha’ sentença. O julgamento durou mais de três horas e Caroll conseguiu provar com suas evidências que tinha sido abusada por Trump. A escritora processou Trump no ano passado, alegando que ele a estuprou em um provador de uma loja de departamentos de luxo em Nova York em meados da década de 1990. Carroll também processou o ex-presidente republicano por difamação, após o magnata a acusar de mentir quando ela tornou o caso público em 2019. Trump negou repetidamente essas alegações e não foi processado criminalmente por elas. No depoimento em vídeo, Trump reiterou que não conhece Carroll e repetiu diversas vezes: “Ela não faz meu tipo”. O caso é apenas um dos vários desafios legais que o republicano de 76 anos enfrenta enquanto tentar retornar à Casa Branca nas eleições presidenciais de 2024. No mês passado, o magnata se declarou inocente em um processo criminal pelo pagamento de propina por meio de terceiros a uma atriz pornô antes da eleição de 2016. Trump também está sob investigação por tentar reverter sua derrota nas eleições de 2020 no estado sulista da Geórgia, pelo suposto uso indevido de documentos confidenciais retirados da Casa Branca e por seu envolvimento no ataque ao Capitólio, sede do Legislativo dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021.