Unidos de Padre Miguel se revolta após rebaixamento à Série Ouro: ‘Nada justifica notas tão baixas e injustas’

A Unidos de Padre Miguel foi rebaixada do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro e disputará a Série Ouro em 2026. A escola, que havia retornado à elite em 2024 após 53 anos, terminou a apuração desta quarta-feira (5) na última colocação. Neste ano, a agremiação apresentou o enredo “Egbé Iyá Nassô”, uma homenagem ao Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, o mais antigo templo afro-brasileiro em atividade no país. O desfile destacou a história de Iyá Nassô, fundadora do primeiro terreiro de candomblé do Brasil, ressaltando a resistência do povo negro e a força das mulheres africanas na preservação da fé e da identidade cultural.

A escola enfrentou dificuldades técnicas, incluindo problemas de som na avenida. Na apuração, perdeu pontos em quesitos como alegorias e adereços e harmonia, recebendo apenas quatro notas 10 entre as 36 possíveis. A pontuação final gerou insatisfação na diretoria, que abandonou a mesa de apuração antes do fim da divulgação das notas. Em nota oficial, a Unidos de Padre Miguel afirmou que entrou na Sapucaí “com garra, emoção e a força de sua comunidade”, reconheceu falhas, mas considerou as notas recebidas “injustas”.

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“Sabíamos que não seria fácil, reconhecemos que cometemos algumas falhas, mas nada que justificasse as notas tão baixas e injustas que recebemos. O resultado do julgamento é inaceitável e não condiz com o que apresentamos na Avenida. O que vimos na Sapucaí foi um desfile digno, vibrante e emocionante, reconhecido pelo público e por tantos apaixonados pelo Carnaval. Infelizmente, os jurados não enxergaram da mesma forma”, protestou a escola, que prometeu seguir trabalhando para retornar ao Grupo Especial.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA