Vitor Roque é apresentado no Palmeiras, e Leila Pereira brinca: ‘Vocês parem de me pedir um 9, tá?’

Vitor Roque foi oficialmente apresentado como a nova contratação mais cara do futebol brasileiro, com um investimento de 25,5 milhões de euros, equivalente a R$ 154 milhões, por 80% dos seus direitos econômicos. O jovem atleta, de apenas 20 anos, demonstrou sua alegria em retornar ao Brasil. “Quando vem um contato do Palmeiras, é difícil falar não”, disse o atacante de 20 anos.
“Estou muito feliz de estar aqui. Foi uma negociação difícil. Foram dias ansiosos, nervosos, sem saber se ia ou não ia. Minha vontade, desde quando apareceu o Palmeiras, foi sim e sim”, completou o jogador que chega como uma das grandes contratações para a temporada 2026. Antes de o atleta começar a falar, Leila Pereira, num momento cabotino, pegou o microfone para dar parabéns a si mesma por ter viabilizado a contratação do atacante. “Vocês parem de me pedir um nove, tá?”, disse ela, rindo.
Tímido na entrevista, ele disse que em campo a postura é diferente. Como vinha jogando e treinando no Betis, o atacante está em condições de já estrear na segunda-feira, quando o Palmeiras decide com o São Paulo quem irá à final do Campeonato Paulista. “Só depende do Abel”, afirmou sobre sua escalação. Já aprendi como ele gosta de jogar, a formação, e tenho certeza que vou aprender mais”, completou o novo camisa 9, que falou com o técnico português por telefone antes mesmo de chegar a São Paulo
O Palmeiras pagará 25,5 milhões de euros (R$ 154 milhões) ao Barcelona por 80% dos direitos econômicos do atleta, além de bônus em caso de metas batidas que podem alcançar 5 milhões de euros (R$ 30 milhões). Com isso, ele se tornou a contratação mais cara do futebol brasileiro. “Não procuro pensar nisso, em ser a contratação mais cara”.
O jogador teve pouco tempo e paciência do Barcelona para ser protagonista, tanto que foi emprestado para o Betis, time que deixou como vice-artilheiro, com sete gols.
“Talvez pode ter sido o ‘timing’”, disse ele ao tentar explicar por que jogou pouco no time catalão. “Tinha acabado de voltar de uma lesão, fiquei um mês de férias, não estava 100%. Há outros vários motivos. Pode ter sido isso. Agora estou aqui pra reconquistar minha confiança”.
Vitor Roque não sente o peso de vestir a 9 palmeirense e assumir uma posição tão importante. Desde a saída de Endrick que o Palmeiras sente falta de um goleador, já que Rony, hoje no Atlético Mineiro, e Flaco López não conseguiram agradar a torcida. “Não procuro levar como uma pressão, mas como uma motivação”.
Para trazer o atacante, o Palmeiras teve de montar uma força-tarefa que envolveu sete advogados no Brasil e um na Espanha, além de uma série de e-mails à Fifa, que, de posse de toda a documentação, respondeu que a federação espanhola e LaLiga tinham de liberar a transferência. A argumentação foi tão convincente que a federação entendeu que há falhas em seu regulamento e que terá de mudá-lo no futuro.
Vitor Roque recebeu um recado de Endrick antes de se apresentar ao Palmeiras. O ex-palmeirense desejou boa sorte ao novo reforço do atual tricampeão paulista. Ambos são amigos, e não rivais, como o atacante reforçou. “Quem faz a comparação é sempre a mídia, tentam criar uma rivalidade entre nós que não existe. Ele fez a história dele aqui e agora espero fazer a minha”.
O jogador está preparado para fazer sua estreia na próxima segunda-feira, durante a semifinal do Campeonato Paulista, onde o Palmeiras enfrentará o São Paulo. Roque compartilhou suas experiências no Barcelona, onde teve oportunidades limitadas e acabou sendo emprestado ao Betis, onde se destacou como vice-artilheiro.
Em relação à pressão de usar a camisa 9 do Palmeiras, Vitor afirmou que, na verdade, sente uma motivação renovada para recuperar sua confiança em campo. Ele também mencionou os desafios enfrentados pelo clube para concretizar sua transferência, que exigiu a atuação de advogados e a comunicação com a FIFA.
Antes de sua apresentação, Vitor recebeu uma mensagem de apoio de Endrick, ex-jogador do Palmeiras, que lhe desejou boa sorte em sua nova jornada. O atleta ressaltou que não existe rivalidade entre eles, apesar das comparações que a mídia costuma fazer.
*Reportagem produzida com auxílio de IA e Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias