ZenoX AI: fundador e CEO da Dfense Security lança novo ‘hub’ para criar projetos de IA generativa

Gabriel Paiva, empreendedor paulista fundador e CEO da Dfense Security, está com um novo projeto em mãos: a ZenoX AI. A empresa nasce com o objetivo de democratizar soluções de inteligência artificial generativa para setores como comunicação, varejo, marketing e cibersegurança, através de assistentes para decisores.
Em conversa exclusiva com o IT Forum, Gabriel Paiva afirmou que a ideia por trás da ZenoX AI é atuar como uma espécie de ‘holding’ de desenvolvimento, que criará produtos que serão operados por novas startups focadas em diferentes áreas de atuação. A comparação que Paiva faz é com a estrutura adotada pela Alphabet, que detém subsidiárias como Google, X Development, Waymo, Verily, entre outras.
Em comum, as empresas usarão a arquitetura de código desenvolvida pela Intellya, startup paulistana do setor de inteligência artificial que desenvolvia os produtos Vydar e Tellyu, focados em inteligência de ameaças. Em junho deste ano, Paiva liderou uma rodada de investimentos de R$ 7,5 milhões na Intellya, assumindo posição de CEO da empresa e uma participação societária de 30%.
No novo movimento, Paiva comprou a participação de outros dois sócios da Intellya, Acassio Silva e Pedro Alves, e os ativos restantes da companhia. Isso incluiu dois produtos da Intellya, o Vydar e o Tellyu, que continuarão sendo suportados e comercializados pela ZenoX AI, e a equipe de desenvolvimento da Intellya, que também foi absorvida pela nova companhia.
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Lucas Gastaldello, o terceiro sócio-fundador da Intellya, continuará na ZenoX AI como sócio de Paiva.
Com esses ativos em mãos, a ZenoX AI passará a focar no desenvolvimento de novos produtos e soluções, tendo como base a tecnologia de IA já treinada pela Intellya. Segundo Paiva, a ideia é desenvolver um “sistema operacional de IA“, que será expandido através da criação de novas empresas e marcas que atuarão em diferentes segmentos de mercado.
“A gente atingiu um platô de assertividade de IA em inteligência de ameaças, por exemplo. Nós já a ensinamos o suficiente para entender tudo sobre vazamento de dados”, explicou Paiva sobre a tecnologia egressa da Intelly que será aproveitada pela ZenoX AI. “A gente consegue usar essa mesma lógica, arquitetura e aprendizado para diversas outras áreas, porque vazamento de dados é muito amplo – a IA tem que interpretar texto, credencial, senha. Baseado em todo esse código, a gente consegue fazer várias startups em cima dela, usando a arquitetura.”
Um dos novos produtos que já está em desenvolvimento é uma IA voltada para o setor de marketing. O produto será capaz de testar cenários hipotéticos de campanhas, avaliando a efetividade de projetos de marketing antes do lançamento de uma campanha. “Você poderá ter projeções sobre se a campanha vai ou não dar certo, sobre qual seria a melhor forma de fazer uma campanha, quais as melhores palavras para se usar ou o melhor público alvo”, explicou.
Com histórico na área de cibersegurança, Paiva também está interessado no potencial da tecnologia incorporada pela ZenoX AI para o setor. Um dos projetos que ele vislumbra é a criação de ferramentas para um Centro de Operações de Segurança (SOC) com triagem automatizada de eventos, reduzindo o tempo gasto com alarmes de incidentes que são falsos positivos.
“São novos SOTAs [state-of-the-art] de IA e novas modelagem de dados que vamos ensinar à IA para ela poder continuar evoluindo”, finalizou.
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