5 fraudes que se destacaram no último ano

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O relatório Sumsub Identity Fraud Report 2023 revelou que o Brasil apresentou uma taxa relativamente baixa de fraude de identidade em comparação com os demais países da América Latina (ocupando o 20º e último lugar), o volume de fraudes mais sofisticadas, baseadas em inteligência artificial (IA), foi o mais alto da região.

No Brasil, o crescimento de deepfake entre 2022 e 2023 foi o maior da região: 830%. Isoladamente, o país mais atacado por deepfake foi a Espanha (a cada dez ataques desse tipo que ocorrem no mundo, um acontece nesse país europeu). Já o passaporte dos Emirados Árabes Unidos foi o documento mais falsificado no mundo, enquanto a mídia online foi o segmento mais explorado pelos fraudadores.

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De acordo com a Sumsub, as top cinco fraudes que mais se destacaram foram:

Deepfake: envolve a criação de conteúdos sintéticos que podem ser notícias, documentos, áudios e imagens produzidos com auxílio de inteligência artificial (IA). A partir de uma grande quantidade de arquivos reais de determinada pessoa, e com o uso de um algoritmo de aprendizado de máquina (machine learning), é possível criar situações que parecem reais e normalmente lesam a reputação ou as finanças da vítima.

Money Muling: usar “mula de dinheiro” é uma forma cada vez mais recorrente de lavagem de dinheiro. Consiste em aliciar pessoas comuns que, mediante compensação financeira, aceitam que sua conta bancária seja usada para receber e transferir recursos de terceiros envolvidos com lavagem de dinheiro e outros crimes (lembrando que acabam sendo cúmplices da fraude).

Carteira de identidade falsa: representam quase 75% de todas as atividades fraudulentas envolvendo documentos de identidade. Estimativas apontam que somente no Brasil circulam mais de 16 milhões RGs falsos – que podem ser usados para fazer compras de alto valor, contratar empréstimos, e participar de outros tipos de crimes em que se quer passar incólume e impune. Já a carteira brasileira de motorista é o documento menos falsificado no mundo todo.

Invasões de conta: o golpista tem acesso aos dados bancários das vítimas após enviar um link falso via e-mail ou mensagem de texto para os celulares dos correntistas. De posse dos dados, membros do grupo criminoso do qual faz parte passam a fazer ligações como se fossem funcionários do banco e induzem os clientes a fornecer a senha da conta com a finalidade criminosa de subtrair valores. Estatísticas internas da Sumsub mostram que esse tipo de incidente aumentou 155% globalmente em 2023.

Verificação forçada: emergiu como uma tendência crescente em todo o mundo. Tem-se visto um padrão de verificação forçada em que visivelmente a pessoa que tirou uma fotografia ou que está fazendo prova de presença está sob pressão de terceiros, fazendo isso involuntariamente. Há casos reportados em que a pessoa verificada está obviamente sob efeito de substâncias entorpecentes – o que significa que não está participando ativa e voluntariamente do processo. O relatório aponta que o número de casos de verificação forçada cresceu 305% globalmente entre 2022 e 2023.

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