7 previsões tecnológicas (ou nem tanto) para o setor financeiro em 2023

Um relatório recente da plataforma de serviços bancários Mambu destacou as principais tendências financeiras de 2023. Segundo a empresa, que ouviu parceiros de negócio, principalmente especialistas de grandes consultorias e empresas de tecnologia, as sete previsões podem ajudar as organizações no próximo ano, considerando o atual ambiente macroeconômico volátil.

Esses líderes – incluindo de fintechs, prestadores de serviços financeiros e Big Techs, incluindo AWS, Backbase, Deloitte, Google Cloud e outros – examinam as mudanças esperadas para o próximo ano e como players devem responder para não serem “passados para trás”.

“O cenário financeiro tem sido turbulento já há algum tempo. Incerteza econômica, grandes empresas de tecnologia redefinindo o espaço de serviços financeiros, fintechs procurando ser mais ágeis e eficientes, bancos tentando se reinventar, há muita coisa acontecendo”, explica Fernando Zandona, diretor de tecnologia e produto da Mambu. “Mas não importa, porque serão os clientes finais que irão decidir quais players vão vencer e continuar no mercado.”

O relatório completo pode ser baixado [em inglês, no formato PDF] nesse link. Para os apressados, o IT Forum resumiu tudo abaixo:

#1. Tendências de SaaS impulsionam pagamentos digitais

Ao longo do próximo ano, os especialistas esperam que os consumidores e as empresas, de modo mais amplo, se beneficiem da tecnologia por assinatura, de serviços em nuvem e das finanças incorporadas. Carteiras eletrônicas devem crescer, assim como as stablecoin [criptomoedas com valores fixos], além da IA por parte das fintechs.

#2. Embedded Finance

As “finanças incorporadas” vêm ganhando força rapidamente, o que deve aumentar graças à capacidade de oferecer soluções inovadoras, convenientes e econômicas. No próximo ano, os especialistas esperam ver empresas usando financiamento embutido para integrar serviços financeiros em produtos e processos de negócios não bancários, bem como bancos usando para cortejar PMEs.

#3. Big Techs no setor bancário

A migração das Big Techs para o setor bancário forçará os bancos a impulsionarem a transformação digital. Como agora os clientes têm expectativas mais altas, os bancos tradicionais precisarão firmar parcerias com provedores de tecnologia para oferecer serviços bancários mais competitivos.

#4. A evolução do BaaS

O Banking-as-a-Service (BaaS) evoluirá para incluir uma gama maior de recursos e superar limitações anteriores, permitindo que fintechs e players legados criem ofertas e obtenham fidelidade dos clientes. Segundo a Mambu, as instituições financeiras precisam pensar em si mesmas como empresas de dados em 2023. Essa mudança de mentalidade os preparará para adotar serviços bancários em tempo real e implementar soluções altamente focadas no cliente.

#5. ESG e financiamento de impacto ético

Essa mudança não apenas direcionará os bancos tradicionais para produtos e serviços financeiros combináveis mais inclusivos, como também reforçará uma entrega com sustentabilidade em mente. Quem ganha são os clientes.

#6. Futuro dos pagamentos

Ao invés de integrar produtos a plataformas externas, os bancos devem se concentrar em criar próprias interfaces e torná-las mais envolventes, relevantes e interessantes para aumentar a fidelidade à marca, dizem os especialistas.

#7. Regulação e compliance

Com o surgimento do Web3 e seguindo orientações recentes da FCA [Financial Conduct Authority, agência de regulação financeira dos EUA], conformidade e regulamentação estarão no topo da agenda para 2023, dizem os especialistas ouvidos pela Mambu. A criação de uma estrutura regulatória será fundamental para liberar o poder da Web3 nas finanças e facilitar a adoção institucional.