92% das empresas estão aumentando seu orçamento de proteção de dados

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Em meio a uma era marcada por ataques cibernéticos cada vez mais sofisticados, as organizações buscam incessantemente atualizações em suas estratégias de segurança. Recentemente, em uma coletiva de imprensa, os executivos Jason Buffington, VP de Estratégia de Produtos, e Dave Russell, VP de Estratégia Corporativa, ambos da Veeam, apresentaram um estudo abordando as principais tendências em cibersegurança para 2024. 

O estudo revela uma mudança significativa no cenário, destacando que 92% das empresas estão aumentando seu orçamento de proteção de dados. Esse dado é apenas o ponto de partida para uma série de desdobramentos e conclusões apresentadas pelos executivos, dividindo-as em algumas tendências para o ano. 

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Investimentos em proteção de dados 

Para a área de proteção de dados, espera-se um crescimento orçamentário de 6,6%, já que as empresas notaram a importância de se preparar contra ataques cibernéticos, bem como contra o cenário de constantes mudanças que exige diferentes abordagens à proteção de dados. 

A pesquisa apontou, ainda, que 54% das organizações planejam alterar suas soluções de backup principais. Entretanto, apesar da alta porcentagem, os executivos não acreditam que haverá uma migração tão significativa. “A analogia que eu faço para isso é que 54% das pessoas podem não comprar um carro novo este ano, mas 54% vão até uma concessionária de carros e dão uma olhada”, aponta Buffington. 

Com isso, o número revela que há um nível de insatisfação que leva as empresas a considerarem a mudança, que se dá por alguns fatores. 

Ransomware veio para ficar 

“Ransomware é um ‘quando’ e não um ‘se’ – e provavelmente será pior do que você imagina”, alerta Buffington. Embasada na informação de que 76% das organizações foram atacadas pelo menos uma vez nos últimos 12 meses, essa afirmação apresenta a realidade instaurada no período pós pandêmico, mostrando que, apesar dos investimentos maiores na área de proteção de dados, os ataques também serão mais recorrentes. 

Dessa forma, o relatório revela uma verdade preocupante: mais organizações foram impactadas trimestralmente do que aquelas que acreditam não terem sofrido ataques. A recuperação, destacada como a principal preocupação, é um desafio, pois apenas 13% afirmam poder orquestrar com sucesso a recuperação durante um ataque. Apenas 32% acreditam na capacidade de recuperação em uma semana após um incidente. 

Buffington destaca a urgência de preparação, sublinhando que, sem backups confiáveis, a recuperação eficaz durante um ataque torna-se uma tarefa impossível. 

Proteção de dados e a segurança de TI estão se tornando mais integradas 

Pelo segundo ano consecutivo, os executivos consideram que o aspecto mais comum e importante de uma solução moderna de proteção de dados é aquele que se integra às ferramentas de segurança cibernética. 

Dois em cada cinco (41%) consideram algum aspecto da mobilidade em cenários de nuvem como a característica mais importante de uma solução moderna, incluindo a capacidade de mover uma carga de trabalho de uma nuvem para outra e a padronização da proteção entre cargas de trabalho locais e IaaS/SaaS. 

“O ransomware continua sendo a maior ameaça à continuidade dos negócios”, aponta Russell. “É a causa número um de interrupções atualmente, e a proteção contra ele está dificultando os esforços de transformação digital.” 

O executivo revela que as descobertas do estudo destacam a necessidade de vigilância cibernética contínua e a importância de cada organização garantir que tenham os recursos adequados de proteção e recuperação. 

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