Alares reduz alavancagem e amplia crescimento com apoio da IA
A Alares Internet registrou crescimento em receita e EBITDA no primeiro trimestre de 2025, ao mesmo tempo em que reduziu seu nível de alavancagem financeira. A operadora, controlada pelo fundo norte-americano Grain Management, atingiu uma receita líquida de R$ 222,8 milhões no período, alta de 27,5% em relação ao mesmo trimestre de 2024, impulsionada pelo crescimento orgânico e pela incorporação da Azza Telecom.
O EBITDA somou R$ 97,7 milhões, com crescimento de 24,8% na comparação anual, representando uma margem de 43,8%. A dívida líquida alcançou R$ 1,16 bilhão, mas a relação Dívida Líquida/EBITDA ajustado caiu de 4,14x para 3,08x, uma redução de 25,5% no indicador de alavancagem, segundo os dados consolidados publicados nesta segunda-feira (13/5).
Eficiência operacional com apoio da IA
A companhia intensificou o uso de inteligência artificial em áreas como roteirização de equipes de campo, gestão do call center e retenção de clientes. O movimento faz parte da estratégia de ampliar eficiência sem comprometer a qualidade dos serviços, em meio ao avanço da base de assinantes e maior capilaridade da força de vendas.
A base de clientes chegou a 798 mil no fim de março, aumento de 26,4% frente ao mesmo período de 2024. A cobertura de rede alcançou 3,2 milhões de domicílios, espalhados por 228 cidades em sete estados. A companhia afirma ter registrado alta de 38,7% nas vendas em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
Capex menor, com mais rentabilidade
Os investimentos (Capex) somaram R$ 46,4 milhões, retração de 4,6% frente ao primeiro trimestre do ano anterior. Ainda assim, o indicador EBITDA-Capex avançou para R$ 51,3 milhões, ante R$ 29,6 milhões em 2024, o que representa um aumento de R$ 21,7 milhões. Segundo a empresa, a redução do Capex foi possível graças à melhoria na gestão de fornecedores, maior recuperação de equipamentos e eficiência na expansão de rede.
Resultado líquido segue negativo
Apesar dos avanços operacionais, a Alares ainda registrou prejuízo líquido de R$ 37,2 milhões no trimestre, crescimento de 10,6% frente ao resultado negativo de R$ 33,6 milhões no mesmo período de 2024. O aumento é atribuído ao crescimento nas despesas financeiras e à elevação das despesas com depreciação e amortização, decorrente da integração da Azza.
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