Qlik: lacunas entre expectativas e realidade de adoção estão se tornando um problema real

Embora 89% das empresas tenham adicionado inteligência artificial à sua estratégia e a IA esteja se tornando cada vez mais proeminente, apenas 26% delas estão realmente implementando a tecnologia em escala. “É uma lacuna enorme. É trágico. Toneladas e toneladas de dinheiro estão sendo investidas em IA, mas não estamos vendo os resultados. Isso realmente importa porque, novamente, estratégia é ótimo, gastar dinheiro é ótimo, mas sem execução, é completamente inútil”, destacou o CEO da Qlik, Mike Capone, ao abrir o Qlik Connect 2025, evento da companhia realizado nesta semana em Orlando.
A distância entre planejamento e execução é difícil de superar porque envolve aproveitar os dados e confiar neles. “Trata-se de incorporar IA onde ela gera resultados tangíveis, mensuráveis, reais”, frisou o CEO. Ele também enfatizou que 80% das empresas afirmam estar investindo em IA agêntica, mas somente 12% dizem sentir que seus dados estão realmente prontos para a inteligência artificial agêntica. O termo, originado do inglês Agentic AI, refere-se a um tipo de IA centrado na criação de sistemas autônomos capazes de tomar decisões e executar tarefas sem intervenção humana direta.
Não se trata exatamente de uma novidade. A Qlik afirma utilizar essa abordagem há bastante tempo. No entanto, para adotar a IA agêntica, é necessário realizar um trabalho preparatório. E isso, segundo a visão da Qlik, significa construir uma base sólida, uma fundação, pois, se os dados não forem confiáveis, o agente também não será. Confiar nas informações torna-se essencial. “Essas lacunas entre expectativas e realidade estão se tornando um problema real. E é aqui que a Qlik entra”, ressaltou o executivo.
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Diante de uma plateia de cerca de 2 mil pessoas, Capone destacou os avanços da empresa, incluindo o Qlik Answers, Qlik Talent e Qlik Cloud, além de apresentar duas inovações: Qlik Agentic Experience, uma experiência agêntica para acelerar as jornadas de dados até a tomada de decisões, e o Qlik Open Lakehouse para dados escaláveis em tempo real, uma solução Apache Iceberg gerenciada e integrada ao Qlik Talend Cloud.
Do lado do cliente, Tom Mazzaferro, diretor de dados, inteligência artificial e analytics no banco Truist, ressaltou que a instituição financeira, como qualquer grande banco, convive com tecnologias híbridas – dos mainframes dos anos 1970, passando por plataformas locais das décadas de 1980 e 1990, até os clusters de big data dos anos 2000. “Todas as grandes empresas ainda operam em um ecossistema híbrido. Também nos preocupamos em como integrar tudo isso para executar nossa estratégia de negócios e atender a nossos consumidores e clientes”, afirmou.
Em sua trajetória de modernização, o banco sediado em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), tem confiado à Qlik a missão de viabilizar a integração dos dados, possibilitando análises, geração de insights, uso de IA e criação de modelos que impulsionem os resultados e a transformação dos negócios.
*A jornalista viajou a Orlando a convite da Qlik
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