Sundar Pichai rebate temores sobre IA e diz: “Vamos crescer ainda mais”

Durante entrevista à Bloomberg na última quarta-feira (4), o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, rejeitou os temores crescentes de que a inteligência artificial (IA) possa substituir em massa a força de trabalho da gigante de tecnologia. A declaração veio em resposta à especulação de que até metade dos 180 mil funcionários da empresa estariam sob risco.
“Espero que continuemos crescendo mesmo no ano que vem. A IA nos permite fazer mais”, disse o executivo, destacando que a tecnologia tem acelerado a produtividade dos engenheiros ao automatizar tarefas repetitivas e liberar tempo para atividades mais estratégicas. Segundo ele, a IA deve ser vista como impulsionadora de inovação, não como substituta de empregos.
A Alphabet, controladora do Google, vem fazendo cortes mais pontuais em 2025. Neste ano, menos de cem funcionários foram dispensados da divisão de nuvem e outros da área de plataformas e dispositivos. Os anos anteriores, no entanto, foram mais duros. Foram 12 mil demissões em 2023 e mais de mil em 2024, conforme reportado pela Bloomberg.
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IA, AGI e o futuro do trabalho
Ao comentar as declarações do CEO da Anthropic, Dario Amodei, que afirmou que metade dos cargos de entrada de colarinho branco podem desaparecer em cinco anos, Pichai respondeu com equilíbrio: “Respeito essa visão. É importante trazer essas preocupações para o debate”.
Apesar disso, o CEO reiterou sua aposta em novos negócios da Alphabet como os carros autônomos da Waymo, a computação quântica e o crescimento global do YouTube, que só na Índia conta com 100 milhões de canais, sendo 15 mil com mais de 1 milhão de inscritos.
Questionado sobre a possibilidade de a humanidade nunca atingir a chamada inteligência artificial geral (AGI), Pichai respondeu com cautela, sem descartar cenários de estagnação. “Temos avançado muito, com ideias novas e outras em experimentação. Estou otimista, mas não dá para afirmar com certeza que estamos no caminho definitivo para a AGI.”
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