‘Abdução’, palco que vira prédio, carta para fã e fogo: Jão inicia Superturnê e mostra que brasileiros também fazem megashows

Com a maior estrutura já usada em um show nacional no Allianz Parque, pulseiras luminosas, show pirotécnico e fogo. Foi neste cenário de megaprodução que o cantor Jão deu início ao primeiro show da Superturnê neste sábado, 20, no estádio em São Paulo. Com referências aos quatro elementos Terra, Ar, Água e Fogo, o cantor natural de Américo Brasiliense, no interior do Estado, encantou fãs com uma apresentação recheada de surpresas e referências, seja pela performance de músicas antigas, como “Monstros”, ou pelo quiz na prévia do evento que levou os fãs a escolherem, sob gritos e êxtase, uma música bônus para a apresentação. Entre os pontos altos da performance impecável, a transição entre as músicas “Sinais” e “A Última Noite” foi a maior surpresa para os presentes – e também para internautas nas redes sociais. Isso porque o cantor se dispôs a ser “abduzido” – repetindo a performance já vista no The Town – e puxado por uma corda que o fez levitar enquanto cantava “eu sinto os teus sinais”.

A novidade foi que, além da abdução, Jão surpreendeu ao cantar a música seguinte sentado na beira de um telão de LED de 30 metros de altura, que se transformou em um prédio de São Paulo. “Uma noite no alto de um prédio, vendo a cidade por cima. Nós somos mesmo tão pequenos, isso é a coisa mais linda”, diz a canção, levada ao pé da letra pelo artista – para o delírio dos fãs. “O Jão sendo sendo ‘abduzido’ em Sinais e em A Última Noite ele aparece no alto de um prédio foi o ponto alto da noite pra mim”, escreveu uma internauta no X (antigo Twitter). “Eu ainda vou dormir, sonhar e acordar por muitos dias pensando no Jão voando sendo abduzido em Sinais cantando A Última Noite do alto de um prédio e depois descendo como um Anti-Herói em queda na mira de um arqueiro”, revelou outra, citando “:( (Nota de Voz 8)”, a terceira música que formou a tríade de sucesso da noite. “Em queda livre, eu sou mesmo um anti-herói”, diz trecho.

Passeando pelos quatro álbuns já lançados – Lobos, Anti-Herói, Pirata e Super -, o artista emplacou sucessos como “Vou morrer sozinho”, “Essa Eu Fiz Pro Nosso Amor”, “Meninos e Meninas” e “Idiota”, além de cantar cada uma das 14 músicas do álbum-tema da turnê. De Super, o destaque fica para as produções visuais em “Gameboy”; o cinema em “Locadora”; o fogo em “Eu Posso Ser Como Você”; e o coro dos fãs em “Escorpião”, “Me Lambe”, “Super” e “Alinhamento Milenar”, que encerrou o setlist após cerca de 2,5 horas de apresentação. Outro ponto alto foi em “Maria”, momento que o cantor deu início a uma nova tradição da turnê e entregou uma carta escrita a próprio punho para uma fã. A sortuda compartilhou um trecho da mensagem após o evento: “Desde que eu cheguei em São Paulo, passava atrás desse estádio e sonhava com o dia em que eu seria amado o suficiente pra poder fazer esse show”, escreveu Jão.

Nem mesmo a chuva foi capaz de prejudicar a apresentação, que marcou o primeiro show do cantor em um estádio. Com ingressos esgotados para dois shows, a passagem da Superturnê por São Paulo torna Jão o primeiro brasileiro a esgotar duas datas no Allianz Parque – e não era para menos. Além da setlist extensa e da produção grandiosa, a apresentação também contou com três palcos, uma passarela de 60 metros e escultura gigante de um dragão, provando que cantores brasileiros também fazem megashows. Como o site da Jovem Pan antecipou, a turnê deve passar por 14 cidades brasileiras. O segundo show da Superturnê acontece neste domingo, 21, com início às 20h e abertura dos portões às 15h. Para aqueles que não conseguirem comparecer, haverá uma transmissão ao vivo no Multishow no domingo, a partir das 20h.