Adoção de tecnologia por empresas brasileiras sobe 8,5% em 2022

O nível de adoção de tecnologia das empresas brasileiras subiu em 2022 – ao menos é o que indica o INEXTI (Indicador de Excelência em Tecnologia e Inovação), que cresceu 8,5% em 2022, na comparação com a primeira edição do estudo, realizada no ano anterior. O indicador é idealizado pela Oi Soluções e desenvolvido pela IDC Brasil, e foi divulgado na terça (28).

O estudo considera índices de segurança da informação, adoção de computação em nuvem e modernização da infraestrutura e serviços de TI aplicados aos negócios, e foi obtido a partir de 200 entrevistas concluídas no fim de 2022 com tomadores de decisão e influenciadores na contratação de serviços de TI de empresas de médio e grande porte de várias verticais no Brasil. O resultado é uma ponderação dos três pilares.

Em uma escala de 0 a 100, a nota média das empresas brasileiras foi 52,1, considerado “uma evolução” se comparada aos 48 pontos da primeira edição, de 2021.

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“A maturidade digital é um conceito dinâmico e as organizações podem avançar ou retroceder de acordo com suas decisões e investimentos ao longo do tempo”, explica Marcelo Leite, VP da Oi e head da Oi Soluções, em comunicado. “O INEXTI tem uma função importantíssima, servindo de bússola para orientar as empresas na busca por otimização de processos, segurança e sustentabilidade nos negócios.”

Luciano Saboia, diretor de pesquisa e consultoria de telecomunicações da IDC Brasil para a América Latina, diz que o estudo busca estabelecer um entendimento sobre “temas tecnológicos que compõem o pensamento estratégico das organizações, e a maneira como se traduzem no uso de infraestrutura de TI, conectividade, segurança e serviços gerenciados, além da forma de como esses serviços impulsionam e se relacionam com a linha de negócios”.

Empresas que desejam avaliar seu próprio grau de maturidade digital podem preencher a pesquisa em um site da Oi Soluções. Após o preenchimento, será gerado um relatório com o indicador da empresa e uma análise de recomendações. Segundo a Oi Soluções, o estudo será atualizado com frequência utilizando esses dados.

Três pilares

No que se refere à segurança da informação, os dados revelaram associação direta entre o monitoramento do ambiente de TI e a existência do executivo de segurança da informação (Chief Information Security Officer). Sessenta e quatro por cento das empresas entrevistadas que possuem a figura de um CISO têm a maior parte ou todo seu ambiente de TI monitorado.

Os números mostraram também que embora a gestão e operação de segurança continuem majoritariamente feitas por times próprios, a necessidade de consultoria vem crescendo. Cinquenta e seis por cento já contratam consultoria para Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Sobre a adoção de cloud e modernização de infraestrutura, é possível constatar que ainda que os ambientes de TI tradicionais predominem, a coexistência e integração de modelos de nuvem avançam. Em 2021, 49% das empresas utilizavam o modelo híbrido (tradicional e nuvem). Nesta segunda edição, esse número chegou a 62%. Entre os desafios apresentados para a migração para a nuvem estão problemas com conectividade (39%), dificuldade para prever custos (38%) e falta de capacitação técnica sobre nuvem (20%).

O pilar serviços de TI aplicados aos negócios, que correlaciona a adoção de tecnologia e a potencialização dos resultados das organizações, mostrou um aumento do número de empresas que possuem indicadores de TI vinculados aos negócios, passando de 50% em 2021 para 57% nesta edição.

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