Advogado dá dicas de como evitar golpes em aluguel de casas no carnaval

Durante o período do Carnaval, a promessa é de alto faturamento para aqueles que fazem aluguéis de imóveis por temporada. Para conseguir um bom preço na hospedagem, há quem fuja dos hotéis para buscar casas e apartamentos. Nessa prática, porém, surgiu um novo tipo de golpe e os foliões devem ficar em alerta. Para falar sobre o assunto, a equipe do Jornal da Manhã realizou uma entrevista exclusiva com Arthur Rollo, advogado especializado em direito do consumidor. Entre os possíveis golpes, o especialista informou que é difícil identificar contratos falsos. Isso porque há documentos que descrevem todas as informações do proprietário, inclusive com escritura. “Tem golpes em que pessoas se passam pelos donos dos imóveis, então só analisar a documentação, não da. A recomendação que a gente da é que haja uma visita ao imóvel. É importante porque você vê as reais condições do local, você vê se o banheiro está funcionando, se a cama não está quebrada. A gente sabe que muitos desses aluguéis, os imóveis estão em condições ruins”, disse Rolo. Caso não seja possível realizar uma visita ao local, é necessário pedir a algum amigo ou conhecido visitar o imóvel. Verificar se quem te apresenta a residência a ser alugada é o mesmo que negociou ou se conhece o representante, além de perguntar a amigos e conhecidos locais já alugados e com boas recomendações, também são ponto fundamental para ter segurança na locação. “Outra dica importante: Não pague tudo antecipadamente. Geralmente, golpistas cobram tudo antecipadamente. Preços baixos são indicativos de golpe. Você paga tudo e quando você chega no imóvel, ele não existe ou não é da pessoa que te alugou. É pagar o mínimo possível na entrada e deixar para quitar assim que entrar no imóvel”, pontuou. Para aqueles que caíram no golpe, sites que anunciaram casas fraudulentas podem ser responsabilizados, assim como as pessoas cujas contas forem depositados recursos aos golpistas. “É possível responsabilizar o site, é possível ir atrás da pessoa já que você deposita numa conta corrente. A não ser que seja uma conta aberta com documento falso, mas se esse for o caso, o banco pode ser responsabilizado. O processo demora, mas tem como ir atrás do site, do banco ou da pessoa. Mas geralmente essas pessoas que praticam golpes não tem bens no nome e você acaba não conseguindo receber o dinheiro de volta. Por isso prevenir é importante”, explica.