Agentes autônomos concentrarão um terço das interações com GenAI até 2028

Um terço (33%) das interações com serviços de inteligência artificial generativa (GenAI) utilizarão modelos de ação e agentes autônomos para conclusão de tarefas até 2028. É o que prevê o Gartner, consultoria global especializada no segmento de TI.
Segundo a definição da empresa, agentes autônomos são aqueles que usam sistemas combinados e alcançam objetivos definidos sem intervenção humana. Para isso utilizam técnicas de IA para tomar decisões e gerar resultados, com potencial de aprender com o ambiente e melhorar ao longo do tempo.
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“No futuro, as interações humanas com a tecnologia de GenAI podem evoluir de usuários promovendo grandes modelos de linguagem (LLMs) para usuários interagindo diretamente com agentes autônomos orientados por intenção, o que poderia permitir um maior grau de autonomia e um melhor alinhamento com os objetivos humanos”, diz em comunicado Arun Chandrasekaran, analista e vice-presidente do Gartner.
Segundo o analista, agentes autônomos podem reduzir a intervenção humana necessária para interagir com LLMs, “diminuindo o ônus sobre os profissionais de muitos setores” na medida em que eles passarão menos tempo trabalhando em engenharia avançada de prompts.
Potencial dos agentes autônomos
O Gartner listou alguns setores que serão profundamente impactados pelos agentes autônomos:
- Saúde: podem ajudar profissionais médicos em diagnóstico de doenças, planejamento de tratamento e cuidados com pacientes;
- Educação: podem oferecer experiências de aprendizado personalizadas e adaptar métodos de ensino às necessidades dos alunos;
- Games: podem observar e interagir com jogadores e fornecer experiências mais imersivas e realistas;
- Seguros: podem lidar com interações com os clientes por meio de voz e texto, ajudando inclusive a evitar reclamações, fraudes, serviços médicos, políticas e sistemas de reparo.
Recomendações para o uso
Segundo Chandrasekaran, agentes autônomos precisam de função objetiva e clara para que possam ser controlados de maneira significativa e gerar valor. O Gartner recomenda que as organizações:
- Identifiquem casos de uso em que agentes autônomos possam agregar valor ao reduzir esforço ou habilidades humanas necessárias;
- Construam arquitetura para permitir que os agentes autônomos prosperem, fornecendo integração de ferramentas e acesso a repositórios de conhecimento e a memória de longo prazo;
- Reconheçam que modelos de ação e agentes autônomos não são um substituto para a engenharia de prompts — o potencial final permanece ligado à qualidade dos prompts que recebem;
- Equilibrem autonomia e controle por meio de pilotos estendidos e monitoramento rigoroso do agente autônomo.
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